Porque hoje é dia 1 de Novembro…
Recordar os «nossos» mortos é uma tradição que os portugueses sempre tiveram.
Uma pessoa com a minha idade já viu partir muita gente, quer familiares, quer amigos.
De entre todos aqui quero lembrar os da minha família que mais me marcaram.
A ti, Avô Manel, a minha maior referência. Homem bom, sempre havia um sorriso para o neto, mesmo nas horas más, sempre saia daqueles bolsos uma maçã cheirosa, uma noz que me sabiam como o maior manjar dos deuses. Foste de todos o primeiro a partir, mas continuas em mim…
A ti, Pai, que também partiste cedo, e que só após a tua partida percebi como era importante a tua presença. Não to disse em vida, mas, muito do que sou, a ti e à tua forma de estar na vida, o devo. Obrigado e continuo a ter-te como exemplo e como guia.
A ti, Delfina, minha mulher adorada, foram poucos os anos juntos, mas, como dizem as palavras que mandei gravar na tua campa: «Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir, pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo!»
A ti, Tia Judite, a Titi, mais que tia, irmã mais velha, a quem muito fiquei a dever, e de quem muito aprendi.
A ti, Padrinho grande Horácio, sempre amigo, herói da minha infância.
A si, Fausto, a quem nunca chamei de tio, mas que sempre soube ser meu tio e meu amigo, mesmo nas horas más.
A todos, os que passaram pela minha vida e já partiram.
A todos lembro neste dia e a todos me curvo em sua memória e agradeço o que todos me deixaram como herança, experiências de vida que me tornaram melhor.
Por isso, bem hajam!
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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