John Bannier (1601-1641) foi um general sueco, herói da Guerra dos Trinta Anos, que também ficou conhecido pela fogosa paixão que teve pelas suas mulheres. Morreu novo e, conta-se, foi a felicidade que o matou.
O general Bannier foi o mais ilustre dos militares suecos dessa Guerra dos Trinta Anos, que assolou a Europa entre 1618 e 1648, opondo diversas nações.
E Bannier tinha uma particularidade: em todas as campanhas era acompanhado pela sua extremosa esposa. Era aliás ela que lhe adocicava o génio, moderando-lhe as iras que por vezes o sobressaltavam.
Ora sucede que essa sua adorada esposa morreu no decurso da guerra, o que causou uma dor extrema ao valente general, que, banhado em lágrimas, acompanhou o féretro da amada à cidade alemã de Erfort, de onde era natural.
Pois foi nessa sentida e comovente viagem que o general encontrou, num acaso, a princesa de Bade, por quem de imediato se apaixonou loucamente, esquecendo a ideia da mulher que ali viera enterrar e que o fizera feliz. Transtornado, disse adeus à guerra e à glória e ficou embrenhado na vida boémia da cidade, esperando que o pai da sua nova apaixonada, o marquês de Bade, autorizasse o pedido de casamento. Vencidas as renitências, o velho marquês deu o aval ao enlace e o general Bannier, fora de si, mandou dar uma salva de 200 tiros de canhão ao exército sob o seu comando.
Tanto troaram os canhões, que pensou o povo e a autoridade tratar-se de uma batalha. Era sim uma batalha, mas de um coração ferido de amor, que ardia em tal paixão que o valeroso general morreria poucos meses depois, em 10 de maio de 1641, contando apenas 40 anos de idade.
Chorado pelos seus soldados Bannier desceu ao túmulo, todos acreditando, por aquele exemplo, que a felicidade também mata.
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Por Paulo Leitão Batista
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