A data 14 de Agosto está associada a três acontecimentos históricos importantes na vida do Rei de Portugal João I. Foi nesse dia que se deram a batalha de Aljubarrota (em 1385), a tomada de Ceuta (em 1415) e a morte do próprio monarca (em 1433).

Batalha de Aljubarrota – em 14 de Agosto de 1385
Dois exércitos defrontaram-se nos campos de Aljubarrota: o português, contando sete mil homens, e o castelhano, composto pelo triplo dos soldados. Ali se defendia Portugal da invasão castelhana e do desejo do rei invasor de tomar a coroa portuguesa, fazendo-nos perder a independência.
O exército português ficou dividido em dois corpos: um comandado por Mem Rodrigues e o outro por Ruy Mendes de Vasconcelos. O condestável Nuno Álvares Pereira ficou posicionado à esquerda e João, Mestre de Avis e rei de Portugal, ficou à direita.
Os castelhanos avançaram e repeliram a ala esquerda portuguesa, mas avançando a direita, o exército luso recompôs-se e resistiu, passando depois à ofensiva, dando a vitória a Portugal.

Tomada de Ceuta – em 14 de Agosto de 1415
Trinta anos depois de Aljubarrota o rei João I, acompanhado pelos filhos e pelo fiel Nuno Álvares Pereira, desembarcou em Ceuta, tomando aos mouros esta importante praça militar do norte de África. Esta ação marcou a expansão portuguesa para além das suas fronteiras continentais, dando início a um período áureo da nossa história que teve continuidade noutras conquistas no norte de África e na navegação e descobertas por todo o mundo.

Morte do rei João I – em 14 de Agosto de 1433
Dezoito anos após a tomada de Ceuta deu-se a expiação do grande monarca João I, que deu início à dinastia de Avis.
Tivera meio século de reinado, em cujo decurso lançou as raízes para um futuro áureo do país. João I evitou a usurpação do trono português por um rei estrangeiro, estabilizou as finanças públicas, apoiou e protegeu a Universidade, substituiu a era de César pela era de Cristo no calendário civil e iniciou a expansão portuguesa.
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Por Paulo Leitão Batista