Após a unificação alemã em 1990 a sua capital passou a ser Berlim embora muitos alemães quisessem que fosse Bona. Porquê então Berlim? Além de outras razões, esta: a sua situação geográfica facilitaria a expansão para Leste, o que de facto aconteceu, mas presentemente há uma rebelião a Leste…

O ultra-conservador Jaroslaw Kaczynki, líder do «Partido Lei e Justiça» que governa a Polónia, disse num discurso diante de Donald Trump que a Polónia é a aliada natural dos Estados Unidos. Afirmou ainda que confia nos valores do Povo Polaco, e que o partido dele, juntamente com esse mesmo Povo os defenderão a qualquer preço, estava a referir-se à entrada de refugiados muçulmanos «enviados» pela Alemanha. Também o ministro dos negócios estrangeiros polaco não se acanhou quando disse que lamentava que o seu país se tivesse transformado numa «colónia alemã».
Viktor Oobán, o conservador que governa a Hungria afirmou que há uns anos atrás a maior parte dos órgãos de comunicação social húngaros estavam nas mãos de alemães, e se ele dizia alguma coisa que não agradava à Alemanha, a imprensa alemã e húngara criticavam-no fortemente.
Na República Checa, ganhou as eleições realizadas a 27 de Janeiro último, um anti-europeísta, a quem chama o «Boneco do Kremlin».
Esta Rebelião está a ser fomentada pelas duas potências, Estados Unidos e Rússia. Trump, segundo a comunicação social já disse que está farto de vêr as avenidas das cidades americanas repletas de Mercedes e B.M.W., mas que na Alemanha não viu carros americanos. A economia dos Estados Unidos sempre foi proteccionista, mas a Nova Ordem Económica Mundial com a União Europeia alemã à cabeça, advoga pelo mercado livre e comércio livre. Trump não aceita de bom grado.
Moscovo está a ganhar terreno no Leste Europeu e os interesses geoestratégicos da Rússia estão a impor-se à União Europeia e aos Estados Unidos.
A Alemanha tem beneficiado imenso da Ordem Mundial Económica Estabelecida, muito mais do que tem contribuído para essa mesma Ordem. Logo veremos quem ganhará esta nova «Guerra».
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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