Dentro do Homem existe a capacidade de tomar atitudes racionais e irracionais, atitudes de destruição e construção, e capacidade de ajudar ou destruir o seu semelhante.

Isto, querido(a) leitor(a), significa que o Homem possui dentro dele uma contradição que é ao mesmo tempo uma mistura de força e debilidade, de paixão e sujeição, por tudo isto, o Homem está sempre em conflito com ele próprio e, apesar da procura da sua paz interior, está continuamente em desassossego e angústia.
Este conflito interno em casos extremos pode levar à loucura, ao homicídio e ao suicídio. Dominar a parte irracional do próprio – Eu – é uma luta que o Homem trava toda uma vida, mas essa luta está sempre exposta ao fracasso, basta não a vencer para se ser um joguete toda uma vida das suas próprias paixões, e mesmo que consiga ser socialmente respeitável, é um fracassado ética e humanamente.
O momento histórico que atravessamos é um exemplo do que acabo de escrever, suicídio, violência, corrupção política e económica, desinteresse total e absoluto por cargos de responsabilidade que se ocupam, interessando-se somente pelo que deles se pode usufruir monetária e socialmente (salvo as honrosas excepções), ocupação de outros cargos por pessoas semianalfabetas, e todo um rol de miséria moral. A este tipo de gente, nem a educação, e nem a religião os tirou da irracionalidade.
O que resta querido leitor? A diferença, mas esta é considerada subversiva pelo poder e pela sociedade.
Democracia e Corrupção
«Vírus informáticos atacaram escutas da Operação Marquês no momento da intercepção»,
(Semanário «Expresso», 20/1/2018).
Eu não sei como este caso da Operação Marquês vai acabar, ou se algum dia terá fim! Uma coisa eu sei, em Portugal, o poder é anónimo e impessoal, significando isto que quando eu vou votar, seja em que eleições sejam, não vou votar para aqueles que irão ter o poder, mas sim para aqueles que irão governar o Povo Anónimo, ou seja, a Democracia está controlada e obedece a toda uma série de interesses do poder económico e também político.
A Democracia, só é Democracia quando o Boletim de Voto tiver mais força e poder do que os interesses de uma minoria corrupta e endinheirada.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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