Manuel Leal Freire brinda-nos com um poema sobre o valoroso gadanheiro. O incansável aldeão que no tempo tórrido, empunhando a gadanha, cortava o feno nos lameiros para garantir o sustento dos animais. O bismulense de pena firme e de memória prodigiosa deslumbra-nos com a exortação dos valores maiores deste nosso recanto raiano.

O GADANHEIRO
Tarefa bem penosa é a gadanha
Cortar o feno que há nos lameirais
Por isso a jorna que nela se ganha
É a mais ata em lides rurais
A ervagem que aí se apanha
Depois de seca aos sóis estivais
Assegura quando o gelo venha
Manjedoura farta para os animais
Cantemos pois mesmo abimo corde
Trova generosa que recorde
Quanto se deve ao gadanheiro
Ou seja a carne e o puro leite
Que dia a dia nos serve de deleite
Durante os meses de um ano inteiro.
:: ::
«Poetando», poesia de Manuel Leal Freire
gosto muito da pintura so Alcinio. Expoe noutros paises que em Portugal ?