:: HISTÓRIAS DE QUADRAZENHOS :: Dos nascidos em Quadrazais, é o único José que ficou conhecido por «Tché». Terceiro varão do Mérico Barreiro e da Aurora Patchinha, tornou-se personagem típica em Quadrazais.

Com um pouco de gaguez, o Tché, quando pequeno, assistiu à visita do bispo da Guarda a Quadrazais. Choveu muito nesse dia e o Tché molhou-se completamente. Por isso comentou com alguém:
– Por causa do entchopipo apanhei uma mananera! Oh! que mananera!
Entrou na cabeça e saíu ós pés!
Por causa da mananera ficou com a alcunha de Manero, ficando doravante conhecido em Quadrazais por Tché Manero.
Deve ter sido nessa visita do bispo da Guarda a Quadrazais que o Pap’seco começou aos vivas:
– Viv’ó Sr. Bispo da Guarda!
– Viva! – respondiam os quadrazenhos.
E repetia:
– Viv’ó Sr. Bispo da Guarda!
– Viva! – repetiam os quadrazenhos.
Até que o Salvador se aborreceu com tantos vivas e gritou:
– Pap’seco, nariz de fogão, vive tu e deix’ós otros!
Notas:
Entchopipo – bispo.
Mananera – molha.
Mérico – a+os.
Ós – mata de carvalhos.
Otros – outros.
:: ::
«Histórias de quadrazenhos», por Franklim Costa Braga
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Maio de 2014)
:: ::
Leave a Reply