A obra de modernização do troço ferroviário Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa foi adjudicada por 52 milhões de euros e, de acordo com Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, deverá estar concluída em 2019.

Pedro Marques esteve no dia 25 de Novembro na Estação Ferroviária da Guarda, onde decorreu a cerimónia de adjudicação da empreitada que inclui a construção da Concordância das Beiras, troço de ligação entre a Linha da Beira Alta e a Linha da Beira Baixa. A empreitada vai permitir a reabertura da via ferroviária, que está fechada desde 2009.
O ministro Pedro Marques esclareceu que «a intervenção é uma obra importante para as Beiras como um todo», uma vez que «potencia o desenvolvimento desta sub-região de uma forma muito importante e permitirá porventura que se constitua como uma zona de desenvolvimento logístico importante também».
«É também a ligação aos portos portugueses, é a possibilidade de as empresas desta região, das regiões da Beira, poderem também exportar de forma competitiva através dos nossos portos e esse também é o nosso desafio», afirmou, no seu discurso, acrescentando que «é uma obra importantíssima para permitir desenvolver, a seguir, a obra de renovação da Linha da Beira Alta».
«Nós precisamos de concluir este troço para que o nosso tráfego internacional de mercadorias se possa fazer aqui pela Beira Baixa, enquanto estamos com uma intervenção de elevado impacto e obviamente com consequências na circulação que temos que minorar na Linha da Beira Alta. Por isso é que começamos por esta obra, por isso é que esta obra vai para o terreno agora e vai para o terreno desejavelmente para estar concluída então no primeiro semestre de 2019», explicou.
O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, referiu que a intervenção na Linha da Beira Baixa contempla a renovação integral de 36 quilómetros de via e a eletrificação da ferrovia desativada desde 2009.
A obra também integra, entre outros trabalhos, a reabilitação de seis pontes centenárias, a remodelação de estações e apeadeiros, a drenagem e estabilização de taludes e a automatização e supressão de passagens de nível
«Quando as obras estiverem realizadas», segundo António Laranjo «a ligação ferroviária entre as cidades da Guarda e da Covilhã será feita em cerca de 40 minutos».
Para o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, a «reabertura da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã fará da cidade mais alta do país uma grande plataforma ferroviária». «Aqui está o projeto mais desafiante para a Guarda nas próximas décadas», assumiu.
jcl (com agência Lusa)
Leave a Reply