Portugal foi o único a sair daquele mosaico heterogéneo que é a Espanha, mas deixou saudades… Leiam o que disse, em 2 de Novembro de 2017, o Presidente do Círculo de Empresários de Espanha ao jornal El Mundo.
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Pergunta – Em direcção contrária (à Catalunha – entenda-se) há empresários portugueses partidários da união com Espanha?
Resposta – Eu estou de acordo. Seria fantástico unir Espanha e Portugal num novo Estado. Ibéria é uma unidade de mercado e os espanhóis e os portugueses complementamo-nos. Se houvesse um movimento de união de Espanha e Portugal, apoiaria. Já há projectos unificados com o mercado ibérico eléctrico que gera mais eficácia e melhores preços.
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É preciso mais para demonstrar que eles, espanhóis, nos têm no «coração»? Mas deixemos isto e vamos até ao P.P. – Partido Popular – que está no poder em Espanha, de onde veio e como se formou. Foi fundado em 1977 com o nome de Aliança Popular, que era uma aliança de organizações de Extrema Direita: Reforma Democrática, liderada por um ministro de Franco durante os anos 60 e metade dos anos 70, o célebre Fraga Iribarne; União do Povo Espanhol, liderada por Cruz Martinez Esteruelas, ministro entre 74 e 76; Acção Democrática Espanhola, liderada por Federico Silva Muñoz, ministro entre 65 e 70; Democracia Social, liderada por Licínio De La Fuente, ministro entre 69 e 75, e Vice Presidente do Governo durante o período de 74 e 75; Acção Regional, liderada por Laureano López Rodó – tecnocrata muito conhecido por ter sido um dos propulsores da política económica nos anos 60.
Lembro-me dessa altura se dizer em Portugal, mas ouvi no Sabugal (à boca pequena!) que o grande erro de Salazar foi não ter feito como Franco, este disse aos tecnocratas para desenvolverem economicamente a Espanha, mas a ideologia era com ele… União Social Popular, liderada por Henrique Thomaz de Carranza, governador de Toledo de 65 a 69, e Procurador das Cortes Espanholas de 71 a 77, membro da Força Nova, organização Fascista. Hoje, a relação entre Aliança Popular e Partido Popular, pode ver-se em muitos dos seus dirigentes, Rafael Hernando, porta-voz parlamentar do P.P. no Congresso dos Deputados, foi membro da Aliança Popular e mostra simpatia pelo partido de Extrema Direita – Fascista- Força Nova.
Com tudo isto que aqui está escrito, retirado de muita leitura referente à vida política espanhola, que se poderá esperar dos problemas independentistas que a Espanha irá atravessar? Presos políticos, e exilados políticos já há… O que diz a União Europeia moderna e democrática? «A culpa é dos Russos!».
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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Boa noite amigo Nabais
A minha brincadeira de propor Lisboa para capital de um Estado Ibérico não passa disso mesmo, de uma brincadeira. Mas, sim, há quem pense, a sério, numa união ibérica. Que Franco o tenha pensado também não me espanta e esse não seria, certamente, por razões federalistas. No entanto há muita gente para quem a ideia de Pátria cava muito fundo. Não é apenas uma questão de território mas também de história , de cultura, de língua. Há muito mais para além de interesses comerciais. Há o que nos sinaliza na globalidade. Ser patriota é coisa de alma, é coisa imaterial.
Um abraço.
Leitão : Obrigado por terdes corrigido o meu erro.
Capelo: Em 1912, o General Franco graduou-se na Academia Militar de Toledo com a tese intitulada : Como Ocupar Portugal em 28 Dias !!!
Adeus meus amigos
Iberia? Um novo estado? Mas quê? Com capital em Lisboa?
Abraço.
Querido Leitor (a) :
Há um pequeno grande erro no inicio do artigo, onde está Janeiro, deve ler-se Novembro.
Mil desculpas!
O lapso já foi corrigido