Organizada pela Rede Social de Lisboa realizou-se no sábado passado uma feira do Cuidador, na qual participei como cuidador informal.
Durante um dia foram várias as iniciativas, bem como as demonstrações e ensinamentos de um conjunto de técnicos das áreas sociais e psicológicas, não tendo dúvidas que saí dali mais informado e mais capaz de continuar a ajudar a minha mulher.
A minha participação nesta feira levou-me também a pensar na necessidade urgente de duas coisas:
1 – Definir um estatuto para os cuidadores informais. Um estatuto que, muito para além dos benefícios financeiros e fiscais que, muitas vezes, são reivindicados, defina um conjunto de direitos essenciais para o seu empenho, mas também crie uma atitude de apoio ao cuidador;
2 – A atitude de apoio ao cuidador prende-se com a necessidade de criar uma oferta alargada de cuidadores formais, supletivos aos informais. Por exemplo, para estar presente na feira, tive de me socorrer de outro cuidador informal, pois não existe uma bolsa de profissionais a quem pudesse solicitar o acompanhamento da minha mulher durante esta minha ausência.
Não tenho hoje dúvidas que entre a institucionalização e a permanência no lar, a opção é por esta última.
Mas isto devia motivar as IPSS e os outros parceiros institucionais do setor social a criar uma espécie de bolsa de «dependentsitters», isto é o fornecimento de profissionais para suprir situações de ausência ou incapacidade temporária do cuidador informal.
E se esta necessidade é urgente na grande cidade, ela é ainda mais imperiosa em territórios de baixa densidade como o nosso Concelho.
E eu sei bem do que falo, pois tenho na minha irmã a cuidadora informal da nossa mãe, e sei os problemas com que a minha irmã se depara no dia a dia.
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ps1. Pode haver milhões de razões para contestar a declaração unilateral da independência da Catalunha. Agora virem com a violação da Constituição é de mais. Ou será que o Movimento das Forças Armadas nunca deveria ter avançado porque violava a Constituição salazarista?
ps2. Já o disse aqui e hoje mantenho ainda com mais convicção: Marcelo foi e será sempre um Presidente da direita portuguesa, e quem se iludiu que se desiluda. Claro que o que se passou este Verão e Outono com os incêndios é muito grave, mas não tenho dúvidas, que era a oportunidade que Marcelo esperava e que agarrou com as mãos ambas. E um dia saberemos o teor das conversas que teve com o Santana e a Cristas nas vésperas do deu discurso…
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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