Muitos pensam denegrir os naturais do Porto chamando-lhes «tripeiros», porém a origem deste apodo é deveras gloriosa para a cidade invicta e para os seus habitantes.
Quando D. João I partiu à conquista de Ceuta, em 1415, a cidade do Porto foi a primeira a mobilizar-se para tal façanha, enviando-lhe uma poderosa armada fornecida com todos os apetrechos de guerra e guarnecida de bons soldados. E tudo foi pago à custa dos habitantes dessa nobre cidade nortenha, que ainda proveram a mesma armada de abundantes víveres, nomeadamente carne de gado vacum, contentando-se em ficar apenas com os miúdos e as entranhas dos animais abatidos. Vai daí, os portuenses alimentaram-se de tripas para que os seus soldados comessem a melhor carne enquanto estivessem ao serviço do rei.
E aí está porque são tripeiros os habitantes do Porto.
Reis e damas do baralho de cartas
Foram os franceses que pintaram figuras nas cartas de jogar. A intenção foi representar grandes personagens da história.
Os quatro reis das cartas são representativos de David (de Israel), Alexandre (da Grécia), César (de Roma) e Carlos Magno (de França).
Quanto às quatro damas das cartas, elas representam Joana d’Arc, Maria de Anjou, Inês Sorel e Isabel da Baviera, que aparecem respectivamente sob os nomes de Palas, Argine (anagrama de Regina), Raquel e Judite.
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«Histórias de Almanaque», por Paulo Leitão Batista
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