A tragédia que se abateu no Centro de Portugal obriga todos os candidatos a definirem as suas políticas para a floresta caso sejam eleitos. (Opinião de António Dionísio).
O nosso Concelho possui um conjunto de solos rurais privados, públicos e de baldio com clara aptidão para a sua florestação.
E ainda bem que a dinâmica de muitos proprietários rurais e a existência de um relativamente forte movimento associativo agroflorestal tem permitido uma expansão rápida da área florestada, quase sempre com a plantação de espécies arbóreas que colocam o nosso Concelho entre aqueles que vêm desenvolvendo uma correta opção pela diversificação florestal, não se verificando uma expansão significativa do pinheiro e muito menos do eucalipto.
Por isso, a minha prioridade vai para uma intervenção ativa na fileira florestal, apostando em intervenções de valorização e defesa do sector e do potencial florestal concelhio e apoiando técnica e financeiramente planos de florestação e reflorestação, sempre em parceria com os produtores e com as Associações do setor.
Intervir ativamente significa que o Município por mim liderado quer ser um parceiro dinamizador da floresta do Concelho, nos processos de atualização do cadastro rústico, da criação e gestão de zonas de intervenção florestal (ZIF) concelhias e de criação e gestão de sociedades de gestão florestal (SGF).
Não posso deixar de destacar o papel fundamental que as equipas de sapadores florestais, em grande parte suportadas financeiramente pelo Município, têm desempenhado na limpeza da floresta e, sobretudo, das estradas e caminhos vicinais do Concelho.
Mas torna-se necessário ir mais longe, se necessário com a criação de mais equipas, no sentido de garantir a correta limpeza das redes viárias florestais, mas também garantir a limpeza da própria floresta, nomeadamente, nas micro e muito pequenas propriedades e naquelas em que não se conhece o seu proprietário, aplicando a legislação que, entretanto foi e está em vias de ser publicada..
Será ainda uma aposta da minha gestão enquanto Presidente de Câmara a construção e exploração de uma central de valorização de resíduos de biomassa florestal residual.
Para a concretização destas prioridades que me permitirão encarar de frente o problema da defesa da floresta contra incêndios, não me basta ter um Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios, cuja revisão encetarei de imediato após a tomada de posse, nem me satisfaço com a existência de uma Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios, obrigatória por lei.
Não, comigo, quer o Plano quer a Comissão serão, não uma coisa da Câmara, mas dois instrumentos fundamentais para prevenir ou limitar as consequências de incêndios florestais.
E porque acredito que todos os sabugalenses, e em especial, os produtores florestais estão comigo na defesa da floresta, este será um trabalho de todos e a que todos serão chamados.
E não terei dúvidas em definir os pacotes financeiros necessários, tirando partido dos diferentes instrumentos disponibilizados pela Administração Central para criar uma floresta sustentável, e para dotar os intervenientes na defesa e combate a incêndios dos recursos necessários.
Defender a floresta sabugalense é defender o Concelho do Sabugal.
:: ::
António Dionísio (candidato do PS à Câmara Municipal do Sabugal)
A posição de António Dionísio, o candidato a Presidente da Câmara Municipal que eu apoio mostra que há um caminho alternativo para a floresta do nosso Concelho.
Estou totalmente de acordo com as prioridades e as medidas que propõe, pois elas vão no sentido de tornar a floresta mais sustentável, mas vão também no sentido de recentrar as questões do desenvolvimento do Concelho em torno do setor agrícola..