A continuada fraca adesão dos sabugalenses em Lisboa à tradicional capeia de Junho organizada pela Casa do Concelho do Sabugal leva-me a colocar a questão se não é a altura de mudar.
E não coloco a opção de acabar com esta tradição, antes considero que a mesma se deve manter, mas em moldes distintos.
A realização deste evento deve ser encarada como um momento de divulgação, não só da capeia em si mesma, mas, e sobretudo, do Concelho do Sabugal.
Isto é, deveria entender-se que o primeiro fim de semana de Junho seria uma oportunidade de ouro para dar a conhecer em Lisboa a nossa cultura, o nosso património, os nossos produtos artesanais, a nossa gastronomia, o nosso tecido empresarial, etc. etc.
E, nesta perspetiva, a realização deste evento de marketing territorial não pode ser assumido, em exclusivo pela Casa do Concelho do Sabugal.
Impõe-se que todos – Casa do Concelho, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, ADES, PróRaia, movimento associativo, setor da restauração e hotelaria, empresas, etc. – se mobilizem para, em conjunto, organizarem um evento de qualidade que mostre o Concelho em Lisboa e que sirva de montra do muito que temos para oferecer a quem nos queira visitar ou investir.
Neste contexto, a capeia em si surge como agregadora da iniciativa, devendo a sua organização integrar-se no conjunto de iniciativas agendadas.
E se se entender que este é o caminho, então não tenho dúvidas de que o espaço natural para a sua realização será o Campo Pequeno.
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ps. Aos que se preocuparam com a minha saúde e o meu internamento hospitalar, uma palavra de agradecimento. Já estou em casa e, se não houver surpresas, parece estar tudo controlado.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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Subscrevo totalmente esta sugestão
Parece-me boa a ideia de integrar a capeia raiana num evento mais abrangente que englobe uma visão integrada das potencialidades do concelho, que o divulgue e que o promova, certo de que daí advirão mais valias para o próprio concelho e seus residentes.
No entanto temos em primeiro lugar que fazer 2 coisas:- 1- uma maior divulgação do evento; 2- um maior empenho de cada um dos residentes e dos elementos da diáspora no sentido de agregar famílias e amigos numa forte participação, o que não acontece agora.
Quanto ao Campo pequeno a ideia é boa porque as condições são excelentes, tem no entanto dois senãos- é muito caro pois o aluguer não fica em menos de € 13/14000 e não há verba para isso.; não havendo uma forte mobilização e sendo a praça maior, transforma-se num problema ainda mais grave do que aquele que já existe.
Reconheço efectivamente que se tem que fazer qualquer coisa diferente porque ou as coisas mudam e a tradição se mantém , ou simplesmente tudo acaba naturalmente.
P.S.-Quanto á questão de saúde do Ramiro não sabia de nada , mas envio os meus votos de rápidas melhoras e franca recuperação.