A incompetente gestão autárquica dos últimos anos agravou de forma significativa a situação das nossas terras.

A tarefa a que me proponho, acompanhado pelas mulheres e homens que aceitaram ir comigo à luta, é uma tarefa de todos e com todos.
É uma tarefa de todos e com todos, pois, connosco, a gestão autárquica será uma gestão participativa para a qual todos os sabugalenses serão convocados e a todos será pedida a participação na definição do futuro do Concelho.
E esta prática tem já como ponto de partida o documento que vos vai chegar à caixa do correio a partir de amanhã, onde é pedido que nos façam chegar as vossas opiniões e as vossas propostas.
E será com essas vossas contribuições que uma parte significativa do nosso programa eleitoral será elaborado.
Queremos, desde o primeiro momento, trabalhar com todos os sabugalenses, pois só assim conseguiremos mudar!
Muitos, quase sempre do lado do adversário, tentam pressionar-me para apresentar as medidas que me proponho executar, quando for eleito.
Porém, e para quem como eu se guia por princípios de honestidade pessoal e política e defende uma gestão autárquica participada, considero que devo aguardar algum tempo para, ouvidos os sabugalenses, o setor empresarial e o movimento solidário, apresentar um conjunto de propostas credíveis, exequíveis e, sobretudo, com capacidade para reconduzir o Concelho do Sabugal à senda do progresso e desenvolvimento.
Claro que as mulheres e homens que me acompanham já têm um conjunto de ideias que, aliás, constam, na sua grande maioria, do Plano Estratégico SABUGAL 2025, que, em boa hora, e por proposta dos vereadores do PS e do então vereador Joaquim Ricardo, foi elaborado.
Já anteriormente defini como áreas de intervenção prioritárias, a AGRICULTURA, a ECONOMIA, o TURISMO e a COESÃO SOCIAL.
Podemos assim deixar já aqui algumas possíveis linhas gerais de atuação para que todos possamos pensar e melhorar para num futuro próximo apresentar-mos mais concretamente as formas de as pôr em prática.
No que ao setor agrícola diz respeito, o Município por mim liderado, tornar-se-á um parceiro ativo de todos os sabugalenses que, individualmente ou através das suas associações vão, devagar mas de forma segura, mudando a paisagem sabugalense.
Queremos apoiar técnica, material e financeiramente, os produtores florestais, quer na fase de plantação, quer, e sobretudo, na fase de gestão da floresta;
Queremos apoiar técnica, material e financeiramente a produção agropecuária;
Queremos criar as condições para o desenvolvimento de uma fileira agroalimentar;
Queremos transformar as instalações da Colónia Agrícola de Martim Rei num instrumento fundamental de apoio à atividade agrícola do Concelho e da Região;
Queremos que o sistema de rega com origem na Barragem do Sabugal, também sirva o Concelho,
Queremos e vamos fazê-lo, todos – Município, proprietários rurais, produtores florestais e agropecuários empresários agroalimentares -, porque a agricultura tem de ser o motor do desenvolvimento do Concelho do Sabugal!
Mas igualmente, e no âmbito das questões económicas, a nossa primeira prioridade será, em consonância com o que consta do Plano Estratégico, tornar o Concelho mais “amigo” do investimento e dos investidores, criando as condições necessárias para que mais e mais empresas considerem que vale a pena aqui investir. E por isso, entre outras medidas:
Vamos criar a Agência Sabugal Invest, como instrumento fundamental para a captação e o apoio à fixação de novas empresas, mas também ao apoio ao desenvolvimento das atividades das empresas já existentes;
Vamos requalificar as Áreas de Localização Empresarial existentes e criar novas Áreas privilegiando a fixação de empresas do ramo agroalimentar e agroflorestal;
Vamos criar as condições para o desenvolvimento de um setor empresarial;
Vamos aprofundar as relações com os sabugalenses instalados no concelho e com os que vivem fora do Concelho, incentivando-os a investir na sua terra;
Vamos apostar na qualificação dos sabugalenses em idade ativa.
E quando digo vamos, não quero dizer apenas o Município. Quero envolver todos, empresários, trabalhadores e escolas na luta pelo desenvolvimento económico do Concelho do Sabugal!
O Turismo será outra das prioridades de um Município por mim liderado.
É que não basta falar das condições ótimas para a captação de visitantes.
É preciso que o Concelho encontre o caminho para que quem visita a Beira Interior sinta que vale a pena visitar-nos.
Por isso aposto em produtos turísticos centrais:
A Água, desde o Côa ao Cró, tendo como polos centrais a albufeira da barragem do Sabugal e as termas do Cró, passando pelas margens do rio;
A Montanha, da Serra da Malcata ao lince, concretizando o LINX Parque e os projetos constantes da Carta Europeia de Turismo Sustentável Gata – Malcata/Terras do Lince, aprovada;
A História, do património à identidade, reabilitando a rota dos castelos, mas também apostando na divulgação daquilo que verdadeiramente constitui a nossa identidade cultural;
Mas vamos também apoiar os setores da restauração e hotelaria e da dinamização turística, agentes fundamentais para o desenvolvimento de uma oferta turística de qualidade.
O Município sob a minha liderança pode e deve ser um instrumento fundamental para o desenvolvimento do turismo no Concelho. Mas são os sabugalenses, na sua forma raiana e transcudana de bem receber e os empresários do setor quem, connosco, transformará o Concelho do Sabugal num destino turístico de referência no âmbito da Beira Interior.
A Coesão Social, num Concelho com as nossas características, tem de ser uma das prioridades de um Município por mim liderado.
Mas com um Movimento Solidário tão forte e pujante como o que existe no nosso Concelho, a primeira medida passará, naturalmente, por aprofundar o apoio às Instituições existentes e, sobretudo, estabelecer com as mesmas parcerias de colaboração que tenham como destinatários os mais desfavorecidos, os idosos e as crianças.
Outras medidas que considero prioritárias serão:
A criação da Comissão Municipal de Proteção de Pessoas Idosas, de promoção dos direitos do idoso, mas, sobretudo, de prevenção e eliminação de situações de exclusão ou de práticas de maus tratos aos idosos;
A dinamização do Banco Local de Voluntariado, que, embora criado em 2007, pouco ou nada se sabe sobre a sua atividade;
A criação, em colaboração com as Juntas de Freguesia e o Movimento Solidário de Centros de Apoio à Família;
A criação do programa “Transporte Solidário“, a estabelecer em parceria com o Movimento Solidário e as Juntas de Freguesia e destinado a garantir o acesso das pessoas e famílias mais desfavorecidas a serviços e atividades específicas.
O Concelho do Sabugal já hoje, através do seu Movimento Solidário, é um exemplo nacional de coesão social. O Município, por mim liderado, será um parceiro cada vez mais atuante, contribuindo, ao seu nível para, cada vez mais, sermos um Concelho Coeso.
Não queria, mas não posso deixar de denunciar o que o actual Presidente da Câmara tem vindo a fazer. Na verdade, todas as semanas, e às vezes várias vezes na semana, somos bombardeados com mais um projecto, mais uma ideia para o Concelho.
Tudo espremido vamos dar a coisas que não serão concretizadas neste ano, ou seja, estamos no puro campo das promessas eleitorais!
O problema é que, como vem acontecendo há alguns anos, e lembro a célebre ligação à A23, ou o “Ofélia Clube”, ou o “Parque Temático”, ou o “Hidroporto” ou a “Veneza de Portugal” e tantas outras, estas ideias deixam uma herança, quase sempre pesada de encargos financeiros e, quase sempre, nunca passam do papel ou de meras intenções.
É HORA DE MUDAR! O SABUGAL PRECISA.
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António Dionísio
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