O Teatro de operações (Bateria da Lage) foi o local escolhido, face às características do terreno, do meio envolvente e composição das forças em presença. A maioria composta por «guerrilheiros» que deram e dão, luta sem tréguas ao IN (leia-se Inseguritas) e as outras forças, por profissionais das armas, reservistas, que deram cobertura à rectaguarda.

Na zona de fogo (leia-se cozinha e copa) o corpo feminino coordenado por um comando experiente, atacou, com todos os meios disponíveis, derrotando com fogo brando, durante duas a três horas, os verdadeiros Inimigos, os Senhores BUCHOS. Como se diz em gíria futebolística, até os comemos, quase todos, fugindo um que foi apanhado em missão de «Rebusco».
Os Abastecimentos não foram captados no mercado local, pois foram fruto de uma incursão à Vila do SOITO, por um elemento não identificado, que fez um golpe de mão, ao Depósito de Géneros código TCR do SOITO.
Agora, falando sério, informa-se a quem ainda não teve a dita de saborear a delícia que é o BUCHO RAIANO SABUGALENSE, que alguns confundem com os nomes de Bucho de Arganil, Butelo de Trás-os-Montes ou Maranhos da Beira Baixa, convidam-se a degustar esta peça de gastronomia. E um prato típico geralmente produzido a seguir às matanças do porco e posto no fumeiro sendo servido como prato de eleição no Entrudo. Sumariamente é composto de pedaços do porco tais como partes da carne da cabeça, rabo, orelha, misturados em «vinha de alho» e pimenta. A sua cozedura também tem os seus requisitos nomeadamente, a utilização de panelas de ferro, envolvê-los em panos brancos ou saco, e em lume brando cerca de duas ou três horas, à mesa acompanhá-lo com outro enchido como farinheiras e morcelas, batatas e grelos.
Desde 2007 que foi criada uma Confraria do Bucho Raiano com 128 membros efectivos, além de várias entidades privadas e públicas a título de Confrades Honorários.
Mas a degustação do bucho raiano, graças à Confraria e porque não dizê-lo também à Casa do Concelho do Sabugal e confrarias federadas, é consumido em todas as regiões do país e internacionalizou-se.
Não é pelo facto de se consumir em tantos lugares, além da zona do Sabugal que deixa de ser considerado Bucho Raiano Sabugalense, desde que seja produzido com os ingredientes acima referidos e nos vários locais de confecção cumprirem os requisitos na cozedura e nos acompanhamentos.
Nunca como agora se produziu tanta quantidade de buchos, tanta procura nos vários postos de venda com como agora. Que o digam o Talho Alves, a Praça do Sabugal, As Delicias da Quinta no C. N. T. do Soito, no T C R do Soito, da empresa artesanal da Rebolosa, nos Foios e outras terras.
Ainda não é um produto certificado mas para lá caminha.
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«Terras entre o Côa e a Raia», opinião de José Morgado
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