Citações curiosas, episódios rocambolescos, notas indiscretas, rábulas, curiosidades, anedotas de ocasião, atitudes peculiares e ditos de espírito – eis as «Histórias de Almanaque» – comecemos com algumas nótulas de Agostinho de Campos.
Vamos expor neste novo espaço algumas histórias de almanaque. Não pretendemos imitar Bertolt Brecht ou Johann Peter Hebel, que escreveram notáveis histórias de almanaque, nem outros autores que redigiram as suas facécias acerca de coisas da vida, algumas de mera curiosidade, outras de humor fino e retemperante.
Vamos simplesmente escrever textos curtos com episódios rocambolescos, notas indiscretas, rábulas, curiosidades, anedotas de ocasião, atitudes peculiares e ditos de espírito. Sobretudo, vamos citar autores que escreveram coisas curiosas e aprazíveis.
O objectivo é ajudar a descontrair, contribuindo para a boa disposição com que devemos encarar o nosso quotidiano.
Nótulas de Agostinho de Campos
O filólogo e cultor da Língua Portuguesa Agostinho de Campos (1870-1944), deixou-nos uma série de recados quanto ao bom uso da Língua, que tanto é maltratada, inclusive por pessoas consideradas eruditas.
Mas, para descontrair, o professor Agostinho de Campos também gostava de expor algumas facécias, nomeadamente as que provinham de perguntas de algibeira:
– Qual é o queijo mais infeliz de Portugal? – O queijo ralado.
– Qual a ave mais comprida que vive na cidade? – A avenida.
– E a ave que não tem penas e tem lã? – A avelã.
– Porque é que o mar é salgado? – Porque tem bacalhau de molho.
– Quais os melhores apelidos para um motorista? – Passos Dias Aguiar.
– Porque se parece a nossa mãe Eva com a hortaliça? – Porque foi a primeira mulher qu’houve.
– Como é que se lava um tigre? – Com perigo de vida.
– Quem é mais feio que o diabo? – O Pintam, porque o diabo não é tão feio como o pintam.
– Quando se abre a porta aberta? – Quando a Berta bate à porta.
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«Histórias de Almanaque», por Paulo Leitão Batista
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