Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística continuam a ser, infelizmente, maus para o nosso Concelho.

O Instituto Nacional de Estatística publicou o Anuário Estatístico da Região Centro, referente a 31 de dezembro de 2015, iniciando hoje uma breve análise dos dados do Concelho do Sabugal.
Dados demográficos
Os números revelados mostram que:
– A população residente (11.489 habitantes) manteve a sua trajetória descendente (-1,7 por cento face a 2014), isto é, uma regressão de 198 habitantes em apenas um ano. Face ao recenseamento de 2011 o Concelho perdeu 1055 habitantes;
– A classe etária dos 0 aos 14 anos regride entre 2014 e 2015 em 2,9 por cento, enquanto a classe etária seguinte, dos 15 aos 24 anos diminui 0,6 por cento. Isto é, em apenas um ano o Concelho vê agravar-se a capacidade local de regeneração da população concelhia, em 1,7 por cento;
– O grupo etário dos 25 aos 64 anos (idade ativa por excelência), continua a registar uma variação negativa (-0,6 por cento face a 2014);
– O número de sabugalenses com idade superior a 64 anos continua a sua tendência regressiva (-3,0 por cento face a 2014), consequência, por um lado de um menor número de habitantes a chegar a esta idade, acompanhada pela muito elevada taxa bruta de mortalidade (24,4%), que é, aliás a mais elevada dos municípios que integram a CIM Beiras e Serra da Estrela;
– O índice de envelhecimento (número de residentes com 65 ou mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos), continua, assim, com um valor muito elevado (512,8). Este valor é, aliás, muito superior ao registado no conjunto dos municípios que integram a CIM Beiras e Serra da Estrela (260,2), só sendo ultrapassado por Almeida.
Na próxima semana prosseguirei a divulgação dos dados estatísticos de 2015 mais relevantes para o nosso Concelho.
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ps. A morte de José Pracana é uma má notícia para a cultura portuguesa e, em particular, para o fado. Guitarrista dos melhores, fadista, divulgador e estudioso da história do fado, devo a ele uma parte da minha paixão pelo fado, sobretudo através dos programas «Vamos aos Fados» (1976), «Silêncio que se vai contar o Fado» (1992) e «Trovas Antigas, Saudade Louca» (2010).
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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