Rebolosa. Uma terra linda, com cheiro a fresco nas manhãs frias, com sabor a torresmos nos invernos chuvosos, com sorrisos em cada rosto, com alegria em cada saudação.

Este ano não estive na Festa de Santa Catarina, com muita pena minha. O tempo não ajudou. A manhã fria, ventosa e de inverno duro, proibiu-me de estar em cada fogueira, em cada penha, em cada tenda de feira, onde de tudo se vende, desde as facas de cabo de aço, até às meias e lenços. Ah, pois, os lenços… Sou apreciadora de lenços e um conto meu, talvez um romance, começa precisamente pela Maria dos lenços…
Bom, mas o que eu quero dizer?
Que admiro esta gente da Raia, carinhosa e sedutora, acolhedora e benfazeja, que sorri a quem a visita, acolhe quem passa, que conversa com quem cruza, com um coração arrebatado e terno.
Então, aproveito para enaltecer a Homenagem aos Autarcas de há 40 anos, que serve para festejar e reviver as primeiras eleições democráticas.
Louvo a total entrega e preocupação da Junta em dar continuidade aos projetos que abrangem a construção da Praça de Touros e o Monumento a Santa Catarina, obras que chamam as pessoas da região e não só.
O acordeão e o realejo são acarinhados, como todos sabemos, e estes compromissos serão certamente tomados pela próxima Junta, para que o coração da Rebolosa continue a pulsar e as gentes sintam o calor que chama em cada festa os amigos de perto e de longe, não esquecendo os emigrantes que se afastam por necessidade mas deixam o coração na Rebolosa.
Deixo um abraço ao Presidente da Junta, professor Manuel Barros e congratulo-me com o carinho e empenho com que abraçou a sua terra como um dos seus.
O meu abraço à Rebolosa
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«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
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