Urge implementar no Sabugal as medidas que resultam dos planos nacionais de prevenção e combate a comportamentos que colocam em causa a igualdade do género, a cidadania e a dignidade humana.
Há causas nobres que têm a ver com a dignidade humana, traduzidas nomeadamente no combate às desigualdades e na promoção da coesão social. É a luta por essas causas que garante uma sociedade mais inclusiva, na qual os direitos dos cidadãos são efectivamente respeitados.
Vem isto a propósito da necessidade da implementação de determinadas políticas, as quais estão traduzidas em planos nacionais que a todos vinculam. Falamos no Plano Nacional para a Igualdade do Género, Cidadania e Não-Discriminação, do Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género e do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos.
As medidas previstas nesses planos nacionais vinculam diversos organismos públicos, associativos e privados, pois a sua implementação resulta do esforço de todos. Só assim conseguiremos uma sociedade melhor e mais solidária.
Também os Municípios têm especiais responsabilidades para que os ditos planos se efectivem nos respectivos territórios. Alguns deles encetaram políticas próprias, cabendo realçar o caso do Município de Sintra, que, juntando diversos parceiros e as forças vivas do concelho, elaborou um plano municipal que integra, num só documento, vários desses planos nacionais.
O documento de Sintra é chamado Plano Municipal para a Igualdade, Cidadania e Promoção da Dignidade Humana, e afirma-se como uma ferramenta estruturante, com medidas destinadas a capacitar e sensibilizar todos os agentes locais e a comunidade em geral para a prevenção dos fenómenos que colocam em causa a coesão social.
No Sabugal as medidas de combate a esses fenómenos são incipientes e os agentes locais não estão agregados num esforço comum para a sua efectivação. Há muito a fazer para a existência de uma política efectiva de promoção da igualdade, da cidadania e da dignidade humana no concelho. Neste território também há problemas de discriminação com base no género, há casos de violência doméstica e possivelmente de maus tratos a crianças, que exigem a tomada de medidas que os evitem.
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«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
Amigo Leitão :
Mudamos muito desde Abril de 1974, quase por completo, vens de Lisboa ao Sabugal em 3.5 horas se for preciso, aqui encontras tecnologia, mas tudo o que vem de dentro, de uma cultura própria dos portugueses, neste comentário, também das nossas terras, é um avanço na continuidade, e tudo ao que te referes no artigo vem de dentro, vem da cultura, 42 anos mudam muito, mas ainda não chegam à alma, nenhuma lei de nenhum politico consegue que um sevandija qualquer trate mal uma mulher, ou uma criança, e outras coisas também terríveis ! Principalmente no campo da política…Isto necessita auto-aperfeiçoamento e auto- educação.
Adeus amigo Leitão.
Viva amigo Emídio.
Apesar de «encontrarmos tecnologia» e do «avanço na continuidade» não consigo referenciar a obra do actual regime no enorme concelho do Sabugal.
Será a antena para telemóveis que teve de ser deslocalizada do depósito da água da Ruvina porque um dos habitantes considerou que as suas radiações provocavam o cancro? «E para onde foi deslocalizada?» perguntam os nossos leitores. Para o morro arqueológico de Caria Talaya porque é um «outro» suposto lugar ideal para servir a aldeia de Vale das Éguas e o super-empreendimento das Termas do Cró. Sim, porque ao que parece ainda não se cheira o sinal de telecomunicações em tão importante avanço turístico «da cultura do século XXI» no concelho que tem por cidade o Sabugal.
Mas como «nós os que cá estamos é que sabemos!»… ou como diria o meu amigo Chico Bárrios: «lá estão os gajos de Lisboa a escrever e a cagar postas de pescada porque consideram que os que cá estão são todos uns burros e atrasados!»
Abraço raiano amigo Emídio,