• O Primeiro
  • A Cidade e as Terras
  • Contraponto
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica

Menu
  • O Primeiro
  • A Cidade e as Terras
  • Contraponto
  • Cronistas
  • Documentários
  • Ficção
  • História
  • Personalidade Ano
  • Ficha Técnica
Página Principal  /  Terras do Jarmelo  /  Imagine-se!
16 Novembro 2016

Imagine-se!

Por Fernando Capelo
Fernando Capelo
Terras do Jarmelo fernando capelo, inverno, neve 1 Comentário

Cada estação do ano tem os seus encantos mas eu gosto especialmente do frio. Ainda que se me gelem as mãos, embora me arrefeçam os pés, mesmo que o nariz me doa ou o rosto me arda nunca trocarei o frio pelo desconforto da transpiração.

A neve e a geada branqueiam e imaculam
A neve e a geada branqueiam e imaculam

Sempre escolherei o conforto de uma lareira quente em detrimento de qualquer frenesi de Verão.

Prefiro o frio ao calor, sim, ainda que um ar frígido me imponha o capote, a boina, o cachecol ou a touca me despenteie o cabelo.

No inverno a chuva adormece as noites. A neve e a geada branqueiam e imaculam a natureza. Os luares frios dissolvem escuridões. As estrelas douram os céus noturnos e os ventos vozeiam e trovam os espaços.
O frio traz o Natal e o Ano Novo. O Natal é a rainha das festas e o Novo Ano é sempre um momento de esperança.

Não me inquieta o frio que me ronda a porta e me espreita a janela. Não me impressiona saber que o vento, com o seu sopro gélido, busca as frestas de minha casa. Tudo é preferível ao abafo dos dias quentes.

O inverno é, pois, a minha estação preferida. Anteponho-o, mesmo, à meia estação.

Não gosto de ser forçado a ambientes climatizados. Gostaria muito de puder passar sem ventoinhas ou ar condicionado. Prefiro aguentar a lã do cobertor que me garante o calor nocturno.

O inverno, paradoxalmente, pode transformar-se na época mais quente do ano. Ao contrário das outras estações, no inverno as pessoas reúnem-se mais, aproximam-se mais. Ficam mais tempo em casa. Até os casais se abraçam mais.

Cultivo, ainda, o velho hábito de me reunir à lareira perenizando serões vetustos, petiscando e bebendo em salutar convívio recheado de calor humano.

E, do inverno, também os animais se protegem. Todos eles têm as suas defesas instintivas, os seus esconderijos, os seus abrigos, e alguns aproveitam para hibernar. Quem sabe se o casaco que a dona veste ao cachorrinho não o incomoda mais que a própria friagem.

Pior estão alguns humanos, os sem abrigo, a quem o instinto não basta e a sociedade não acouta. Um cachorro até desnudo consegue ser feliz, imagine-se!

:: ::
«Terras do Jarmelo», crónica de Fernando Capelo

Partilhar:

  • Tweet
  • Email
  • Print
Fernando Capelo
Fernando Capelo

Origens: Jarmelo (Guarda) :: :: Crónica: Terras do Jarmelo :: ::

 Artigo Anterior Debate sobre a Serra da Estrela na Guarda
Artigo Seguinte   Poldras, Pontões e Pontes (6)

Artigos relacionados

  • Afinal o mundo é redondo!

    Quarta-feira, 27 Janeiro, 2021
  • Estranha realidade

    Quarta-feira, 13 Janeiro, 2021
  • Um feliz 2021

    Quarta-feira, 30 Dezembro, 2020

1 Comentário

  1. António Emídio António Emídio Responder a António
    Quarta-feira, 16 Novembro, 2016 às 7:58

    Amigo Capelo :

    Ouvia falar nas almas gémeas, e um dia fiz esta pergunta : será que a minha alma tem uma gémea ? Afinal encontrei-a ! Imagine-se ! Há tantos anos que se conhecem…

    Um abraço do amigo Nabais.

Leave a Reply Cancel reply

RSS

  • RSS - Posts
  • RSS - Comments
© Copyright 2020. Powered to capeiaarraiana.pt by BloomPixel.
loading Cancel
Post was not sent - check your email addresses!
Email check failed, please try again
Sorry, your blog cannot share posts by email.