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Página Principal  /  A Quinta Quina • Opinião  /  Sem título… por vários títulos!
04 Novembro 2016

Sem título… por vários títulos!

Por Fernando Lopes
A Quinta Quina, Opinião António Domingues, cgd, fernando lopes 1 Comentário

A questão dos rendimentos dos administradores da Caixa Geral de Depósitos. A já insustentável desresponsabilização financeira dos políticos. As falsas habilitações académicas. Instituto do Emprego e Formação Profissional. A União Europeia.

António Domingues - administrador da CGD
António Domingues – administrador da CGD

1. Diz o adágio que «quem não deve não teme»

Isto a propósito, ainda, dos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Se o argumento é a lei, é um facto (ou deveria ser) que a ética se sobrepõe à lei… (não é sr. Durão Barroso, sra. Maria Luís Albuquerque e muitos outros!).

Se foi convidado para presidir à CGD, e aceitou, importa trazer à luz do dia que: a CGD é uma instituição pública, sujeita, portanto, a um escrutínio maior porque, objectivamente, é de todos nós. Se, ao aceitar o convite, houve condições, estas que sejam públicas. Se, a não apresentação da declaração de rendimentos, era uma das condições, então o estado (leia-se governo) não deveria aceitar.

Se, depois do alvoroço que tem causado esta atitude e comportamento, se mantém, então, da parte do administrador, parece demonstrar que tem alguma coisa a esconder. O que, obviamente, levanta suspeitas. Lá está, quem não deve não teme.

E tudo isto começou com o valor do ordenado. Cerca de 30.000 euros. Nem vou entrar na discussão do valor. Até porque sei quais os argumentos que me apresentariam. Mas causou-me alguma estranheza que esta questão tenha sido esgrimida e arremessada pelo PSD. Estará o PSD esquecido do valor do ordenado de um ex-secretário de estado do seu governo, um tal Monteiro, que está a ganhar 30.000 euros por mês para vender o Novo Banco?! Há mais de um ano?! (Eu, a ganhar esse ordenado, também, tarde venderia o banco!) Será tudo uma questão de perspectiva ou de cores?

2. A já insustentável desresponsabilização financeira dos políticos

A proposta de alargar a desresponsabilização financeira da gestão dos autarcas é simplesmente… irresponsável. Para não lhe chamar uma ignomínia.

Já é mau que essa desresponsabilização exista ao nível do poder central, quanto mais estende-la ao poder local.

A responsabilidade deve ser a principal qualidade de quem gere, governa, lidera, instituições de dinheiros públicos. Não há outra forma. E se, no campo do «ses», devesse (se fosse possível haver) haver desresponsabilização, essa, devia ser no poder local. Pois aqui, todos foram eleitos democraticamente. Ao contrário dos membros do governo e presidentes de um rol de institutos e afins.

E, por falar de poder local. Foi notícia, há um par de semanas, a carta enviada pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, alertando para uma série de questões relacionadas com a lei eleitoral autárquica. Principalmente na discriminação das candidaturas independentes,

São conhecidas as minhas posições acerca deste assunto. Em resumo, direi que a lei eleitoral autárquica precisa de uma revisão geral e urgente. Por isso, compreendo perfeitamente o Presidente da Câmara do Porto, eleito numa lista independente.

A democracia exige a participação dos cidadãos. E os nossos democratas partidos políticos apregoam (como soa a hipócrita este pregão) a incitação à participação dos cidadãos na vida política, exigindo-a. Ora, como se pode exigir uma coisa e depois causar-lhe tantas dificuldades? A resposta está na resposta às seguintes perguntas: do que (ou de que) têm medo os partidos políticos? E porquê?

3. Parecem-me demasiados casos

São demasiados os problemas com as habilitações académicas dos membros do governo. E mete-me confusão uma coisa que se resolve facilmente. Se o cargo exige licenciatura, quem vai ocupar o cargo que faça prova. E ponto. Se não exige licenciatura, porquê falar nela ou na sua ausência?

Isto mostra duas coisas: vigora, ainda, a vaidade dos «doutores e engenheiros» e a ocupação de cargos político-administrativos por jotinhas. Os tais apêndices dos partidos para os mais novos até aos quarenta, aprenderem a movimentar-se no sistema (aqui eufemismo de poder e administração pública).

4. O IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional

É a instituição cuja utilidade menos entendo. Um caso. Uma empregadora contrata um desempregada inscrita em ta instituição. Candidata-se aos programas de ajuda às entidades empregadoras dessa mesma ou através dessa instituição. Convém dizer que a empregadora é da área comercial. Essa instituição, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, indefere o processo porque a futura ex-desempregada, portanto, tem um curso de cozinha! Isto é uma preciosidade! O Instituto de Emprego não apoia quem pretende empregar um dos seus desempregados! Conseguem perceber? É que eu nem com desenho!…

5. E a União Europeia

Saiu um livro, em França, sobre François Hollande. Escrito por dois jornalistas do «Le Monde» e, creio, fruto de uma série de entrevistas. O relevante é que é lá relatado que a França tinha (tem?) um acordo secreto com a Comissão Europeia, ainda no tempo de Durão Barroso, para maquilhar (leia-se manipular, mentir, enganar) os números para que o défice para mostrar que cumpria. Foi isto que fez a Grécia durante anos. Só que não foi através de acordo secreto com a Comissão Europeia, mas com ajuda dos bancos, principalmente aquele para onde vai o sr. Barroso. É a especialidade da casa. Por isso contrataram mais um «chef».

Se é verdade (e como eu acredito que sim) é simplesmente ultrajante.

(Reservo-me o direito de não escrever aqui o que me apetece chamar à Comissão Europeia…)

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«A Quinta Quina», opinião de Fernando Lopes

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Fernando Lopes

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1 Comentário

  1. António Emídio Responder
    Sexta-feira, 4 Novembro, 2016 às 10:51

    Fernando :

    É deveras importante que os meios de comunicação alternativos como este Blog – Capeia Arraiana – nos inclua artigos como este teu, a mostrar-nos um pouco, ou muito ? da sujidade inerente ao poder político e económico. Outra coisa muito importante que também é de salientar, temos de ser críticos com todos os partidos e todos os governos, se assim não for tudo não passa de uma simples propaganda.
    Quanto à questão dos independentes, tenho a dizer-te que já a primeira República não permitia listas que não fossem partidárias. A razão ? Tinham medo que os monárquicos se valessem desse subterfúgio. Pós 25 de Abril, era impensável alguém não pertencer a um partido político !!! O Povo dizia bem alto ! « Quem não tem partido é da PIDE ! » E isso marcou, mas a razão principal de agora, salvo raríssimas excepções, é o poder.

    António Emídio

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