O Interior precisa de instrumentos operacionais para concretizar estratégias de desenvolvimento económico, que reforcem a competitividade dos territórios de baixa densidade.
Concluo hoje a apresentação dos instrumentos que considero mais relevantes como resposta eficaz às reais necessidades que se colocam ao tecido económico regional – as Agências de Promoção Regional Externas (APRE).
As APRE devem ter como objetivos principais:
• Criar e consolidar a imagem externa da economia regional, divulgando e promovendo a visibilidade da região como destino de excelência para os investidores;
• Divulgar os instrumentos e mecanismos regionais de apoio à atividade económica;
• Desenvolver sistemas de apoio á exportação e promoção da produção regional: (i) apoiando a participação de empresas em feiras e outros eventos promocionais em Portugal e no estrangeiro; (ii) criando mecanismos de apoio à vinda de potenciais clientes à região; e (iii) promovendo os produtos regionais;
• Criar Lojas da Exportação, dando assistência às empresas exportadoras e apoiando a formulação das suas estratégias de exportação ou internacionalização do tecido empresarial regional;
• Apoiar a criação de Redes da Diáspora, aprofundando os elos de ligação com a terra-mãe, e constituindo redes de influência e de fomento da visibilidade e atratividade regionais, incentivando o investimento na região e a divulgação nos países onde residem e trabalham dos produtos regionais.
ps1. Foi aberto um período de apresentação de candidaturas para a “Criação e requalificação de infraestruturas de apoio à valorização e visitação de Áreas Classificadas, bem como outras áreas associadas à conservação de recursos naturais, incluindo sinalética, trilhos, estruturas de observação e de relação com a natureza, unidades de visitação e de apoio ao visitante, rotas temáticas, estruturas de informação, suportes de comunicação e divulgação.”
Os beneficiários são os Municípios, as Comunidades Intermunicipais ou outras entidades promotoras de projetos identificados no Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT).
A CIM Beiras e Serra da Estrela poderá apresentar candidaturas no valor total de 1,9 milhões de euros.
Quanto caberá ao nosso Concelho?
ps2. Foi igualmente aberto um período de apresentação de candidaturas para a «recuperação dos ecossistemas das áreas de distribuição histórica do lince-ibérico na Serra da Malcata, Serra de São Mamede e Moura e Barrancos». Será que, mais uma vez, a Serra da Malcata é só do lado de Penamacor?
ps3. As consequências da saída do Reino Unido da União Europeia são ainda uma incógnita, mas não me parece que os burocratas neoliberais de direita que se apossaram dos órgãos decisores da EU, tenham percebido que o que aconteceu é, sobretudo, sua culpa, pela forma antidemocrática como vêm conduzindo a União.
E se nada mudar, veremos em breve outros países tomarem a mesma atitude…
ps4. Defender que é aceitável repetir o referendo no Reino Unido porque quem perdeu não gostou de perder é de tal maneira horrível que só me passa pela cabeça que voltámos ao tempo do fascismo!
Por esta lógica, as eleições deveriam repetir-se até que o partido onde votei ganhe!… Haja vergonha democrática…
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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