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Página Principal  /  Aldeia de Joanes • Bismula • Fundão  /  Bismula – na rota da azulejaria
06 Junho 2016

Bismula – na rota da azulejaria

Por António Alves Fernandes
António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes, Bismula, Fundão antónio alves fernandes, azulejos, igreja da bismula Deixar Comentário

Está-se no primeiro fim-de-semana de Junho. No Fundão vivem-se acontecimentos importantes com ressonâncias a nível local e nacional.

Fotografia antiga da Igreja da Bismula - Capeia Arraiana
Fotografia da antiga Igreja da Bismula

No dia 3 de Junho, neste ano que se assinala o Jubileu da Misericórdia, teve lugar o XII Congresso Nacional das Misericórdias, sob o tema: «Misericórdias – Marca de Qualidade», que durante três dias reuniu no Pavilhão Multiusos, com perto de um milhar de congressistas.

Centralizou-se nos principais desafios no atual contexto socioeconómico. Como vão ser os próximos vinte e cinco anos? O que vai significar, «ser velho»? Quais as principais fragilidades do processo individual do envelhecimento? Como integrar melhor as respostas sociais em todas as áreas, da saúde à segurança social?

No dia 4 de Junho, na Quinta Pedagógica, Quinta do Serrado, no enquadramento das Comemorações dos Quinhentos Anos da Misericórdia do Fundão, esta instituição realizou a Primeira Feira Económica Social.

Diversas instituições de solidariedade social, em pequenas tendas, apresentaram as suas valências sociais, culturais, artesanais, gastronómicas, educativas, inserção social, turismo, agricultura formação profissional e outras. Num desses pavilhões da Liga dos Servos de Jesus, adquiri o livro – PAR – Património Azulejar Religioso – Diocese da Guarda, da autoria de Joana Pereira e de Vítor Roque, patrocinado pelas Câmaras Municipais agregadas àquela Instituição.

Ao desfolhar as cerca de duzentas páginas, escritas em português, inglês e espanhol (esqueceram-se do mandarim), admiram-se centenas de fotografias de painéis de azulejos quinhentistas de altares, muitos deles de origem hispano-mourisco. Paredes interiores e exteriores de Igrejas e Capelas, painéis com figuras humanas, bíblicas, cenas dos Evangelhos e inscrições. Chama a atenção uma colecção de vias-sacras, a Via Dolorosa, da Igreja Matriz de Vila Fernando.

Nas páginas cento e doze e seguintes, surge o nome da Igreja Paroquial da Bismula, com a indicação da localização, tutela e a vista de dois painéis de azulejos monocromos de cor azul com fundo branco do Século XX.

O primeiro painel representa Adão e Eva a serem expulsos do Paraíso por um anjo. Tiveram a coragem de desafiar as ordens de Deus, e assim terem comido o fruto proibido, o fruto da árvore, que dava acesso ao conhecimento do bem e do mal.

O segundo quadro azulejar apresenta a cerimónia do baptismo de qualquer igreja paroquial, com os seus protagonistas: os pais, o menino a baptizar, o sacerdote e uma testemunha-familiar com uma vela acesa. Com o pecado original, criou-se a inimizade com Deus, com o sacramento do baptismo estabelece-se a amizade esse mesmo Deus.

Em Setembro próximo, vai fazer cinquenta anos da construção da nova Igreja Paroquial da Bismula, hoje vazia e sem património. No local onde foi construída, destruiu-se uma Igreja Renascentista, com valioso património religioso, altares e muito material litúrgico.

Todos nós, principalmente os mais velhos, somos cúmplices deste grave atentado patrimonial na nossa Freguesia. Hoje chora-se sobre «o leite derramado», sem possibilidades de retrocesso.

Na Rota dos Azulejos da Diocese da Guarda, há um património azulejar religioso do Século XX, na Igreja Paroquial da Bismula, que um livro um dia se lembrou de mencionar e geografar.

Do Património Bismulense, valha-nos isto… dois painéis de azulejos. Não se sabe até quando…

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«Aldeia de Joanes», crónica de António Alves Fernandes

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António Alves Fernandes
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