Manuel Rito Alves entrou para a política autárquica em 1997, quando iniciou o percurso de vereador, vice-presidente e presidente do Município do Sabugal. A dinâmica de trabalho enquanto autarca foi indubitável e merece especial referência, mau grado as críticas e os reparos que muitas vezes expressei às suas decisões.
Os incêndios no Canadá transportaram-me para a minha infância. Quando era pequena não sabia muito bem se gostava ou não das férias de verão. Se por um lado era giro não acordar cedo e ter as festas de verão lá da aldeia, por outro havia os fogos. Eu achava sempre que um dia ia ver a minha casa arder. E os cães a fugir e os adultos a gritar de um lado para o outro. Lembro-me de ter pesadelos com os incêndios. De andar sempre a espreitar pela janela do meu quarto sempre que havia a ameaça de as chamas rodearem a minha casa.

A figura do «doido», neste artigo, baseia-se em alguém que eu conheci no tempo do Estado Novo, e que me disse um dia, já pós 25 de Abril de 1974: «Vivi, não por ter direito a viver, mas porque eles deixaram.» O «Doido» era um opositor ao regime, por isso lhe chamavam «doido».
