Em Mafra na cerimónia de recepção e boas-vindas das Forças Armadas ao recém-eleito Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas general Pina Monteiro pediu as «indispensáveis condições para o exercício de comando da hierarquia militar», lembrando que «a condição militar não deve ser desvirtuada». Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que «Portugal deve assegurar as melhores condições operacionais às suas Forças Armadas».
A cerimónia de boas-vindas do Chefe de Estado decorreu na passada segunda-feira, 21 de Março, defronte ao Palácio Nacional de Mafra contou com a presença com cerca de mil militares dos três ramos das Forças Armadas, com o sobrevoo de duas parelhas de F16 e saltos de cinco pára-quedistas «Falcões Negros» da equipa de queda livre do Exército. Este ano o Dia de Portugal será assinalado em Paris.
O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro, discursou antes do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e disse acreditar que o novo chefe supremo dos militares «pugnará pelo respeito da condição militar e pela manutenção de moral elevada».
«Desejamos proximidade afectiva que estimula, e fomenta as indispensáveis condições para o exercício do comando em todos os escalões da hierarquia militar. Queremos preservar e se possível reforçar o papel das Forças Armadas na sociedade nacional, em prol de acrescidos níveis de segurança e Bem Estar para os portugueses”, acrescentou Pina Monteiro.
O CEMGFA frisou ainda que «face à importância fulcral da condição militar, esta não deve nem pode ser pervertida ou desvirtuada, quer pelos militares quer na sua aplicação pelo Estado, ao universo de todos os cidadãos que se encontram ao abrigo do estatuto da condição militar, seja no cumprimento dos requisitos exigidos para a progressão na carreira militar, seja nos direitos e deveres previstos na lei».
No seu primeiro discurso às Forças Armadas o Presidente da República prometeu estar «atento, sereno e interventivo», apontando desde logo para três frentes fundamentais: «A afirmação do actual Conceito Estratégico de Defesa Nacional, a valorização do estatuto dos militares e o investimento nas Forças Armadas.»
Sobre o Conceito Estratégico de Defesa Nacional, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu continuar fiel à política externa portuguesa «em particular no âmbito da Aliança Atlântica, da União Europeia e da CPLP». A «valorização da carreira das armas» e defendeu que a «construção de uma nação mais fraterna, mais igualitária e mais próxima jamais dispensará a relevante contribuição das mulheres e dos homens militares».
A finalizar lembrou a prioridade no «investimento nas Forças Armadas, na medida em que o país precisa delas equipadas e qualificadas para o cumprimento do seu desígnio».
«Um país que sempre teve uma dimensão internacional deve assegurar as melhores condições operacionais às suas Forças Armadas», concluiu o Presidente da República Portuguesa.
Este ano o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas será assinalado em Paris.
jcl (com Presidência da República e agência Lusa)
Leave a Reply