O Casteleiro, todos o sabemos, é a última terra do Concelho do Sabugal e a primeira da Cova da Beira. Brasão, festas e feiras e uma caminhada pela Calçada Medieval acima até Sortelha fazem a crónica de hoje para si.
Aviso à navegação: a «internet» tem muito de bom. Mas por vezes exageramos em dar-lhe crédito. Quando investigo qualquer assunto, estou sempre de pé atrás. Estou atento. Se puder e souber, evito acreditar em tudo.
Aconselho toda a gente a manter-se atenta também. Sobretudo quando se trata da Wikipedia. Feito o aviso, vamos à matéria de hoje…
O que é que se come na minha terra?
Leio na Wikipedia: «A gastromia local é baseada sobretudo na sopa seca, na sopa de couve, na sopa de cavalo cansado, nos enchidos, no queijo, nos ensopados, no arroz doce, nas farófias e no leite creme». E eu acrescento: batata, arroz, couve, pão e feijão. Sem isso, não há mesa no Casteleiro ao longo da semana. Não é?
As festas
De acordo com algumas notas que pode recolher na «internet», as festas e feiras da terra são as seguintes:
– Festa de Santo António – 1.º ou 2.º Fim-de-semana de Agosto;
– Feira de São Martinho – nos dias 10 de Fevereiro, Maio e Novembro;
– Festa da Caça – em Maio.
Um brasão muito verdejante…
Perguntaram-me um dia por que razão o brasão da minha aldeia tinha tanto verde. Se era por causa de algum clube de futebol. Eu disse que não: que era por ser uma terra verdejante, num vale entre montes e sempre com muito verde. Pois bem.
Hoje trago-lhe a descrição oficial do nosso emblema da terra.
Na heráldica oficial explicam a coisa assim: «Escudo de verde, um cubelo de prata lavrado, aberto e frestado de negro, entre dois picões de prata, encabados de ouro, o da dextra volvido; em contra-chefe, monte de três cômoros de ouro, movente de um pé ondado de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: CASTELEIRO».
Caminhar na Calçada
Recordo hoje para si uma caminhada. Pelas belas fotos de Gonçalves João ficamos a conhecer alguns dos troços dessa Calçada maravilhosa a que chamam Calçada Romana – e que alguns pensam que é Medieval. Eu só sei é que o elefante Salomão só pode ter subido até Sortelha precisamente por aqui…
Pois bem: um dia, a empresa sediada no Casteleiro Rotas & Raízes organizou (e em boa hora o fez) uma jornada especial: subir a Calçada até Sortelha e regressar pela Ribeira da Cal.
Deixo-lhe algumas das referidas imagens – para deleite de todos.
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«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Janeiro de 2011)
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