O Sabugal deve afirmar-se como terra sã onde se vive com qualidade e se promove a defesa da natureza. Só assim se atinge o desenvolvimento sustentável, usando conscientemente os recursos naturais para a satisfação das necessidades do presente sem comprometer as das gerações futuras.
Sendo o Sabugal um concelho eminentemente rural, a preservação do meio ambiente tem de ser um desafio permanente para a defesa da qualidade de vida das populações. A protecção ambiental deve ser vista como a melhor defesa das potencialidades do concelho e do seu conveniente aproveitamento em favor do progresso.
Importa pois que a Câmara Municipal desenvolva uma verdadeira política ambiental, assente na tomada de medidas condizentes, entre as quais se enumeram algumas:
– Reforçar a rede de ecopontos em todas as freguesias, aumentando a proximidade às habitações e melhorando a possibilidade do recurso à reciclagem dos resíduos.
– Desenvolver uma rigorosa auditoria técnica à rede energética pública e aos edifícios e equipamentos municipais, de modo a corrigir desequilíbrios, combater os desperdícios e diminuir a factura energética paga pelo Município.
– Instalar painéis solares térmicos nas escolas, pavilhões desportivos e na generalidade dos edifícios municipais, de modo a tirar partido das energias renováveis e, também assim, diminuir a factura energética.
– Colaborar com as escolas do concelho no lançamento de programas de sensibilização para a protecção do ambiente e para a limpeza dos cursos e água e da floresta.
– Aproveitar a biomassa florestal para fornecimento energético a unidades locais de aquecimento, nomeadamente a equipamentos colectivos.
– Promover a cooperação intermunicipal, procurando concertar a acção neste domínio com os municípios vizinhos, nomeadamente ao nível da gestão dos recursos hídricos, do saneamento básico e da reflorestação, entre outras.
– Desenvolver um programa de educação ambiental, voltado para a formação e a informação com o objectivo de desenvolver a consciência crítica sobre a questão ambiental, formar os agentes municipais e de outras entidades municipais com responsabilidade na preservação do ambiente.
– Formalizar ligações com universidades e instituições de investigação de reconhecido mérito, tendo em vista a elaboração de um Sistema de Gestão Ambiental e o aproveitamento das novas tecnologias disponíveis na sua implementação.
PS: É com satisfação que vemos finalmente a Câmara do Sabugal empenhada na implementação do Orçamente Participativo. Aqui lançámos por diversas vezes esse desafio, que durante muito tempo não teve qualquer eco. Mas vale mais tarde do que nunca, como soi dizer-se – oxalá se recupere o tempo perdido e os sabugalenses sejam efectivamente chamados a tomar parte nas decisões acerca do investimento municipal futuro.
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«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
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