:: :: 24 JANEIRO 2016 :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos a morte de Jaime Batalha Reis, em 1935.
>> Dia de São Francisco de Sales, advogado dos jornalistas
>> JAIME BATALHA REIS
Há 81 anos, dia 24 de Janeiro de 1935, morreu Jaime Batalha Reis, diplomata e escritor.
Jaime Batalha Reis nasceu em 24 de Dezembro de 1847, em Lisboa, no seio de uma família burguesa, cujo pai era produtor de vinhos.
Depois de frequentar, em regime de internato, o colégio alemão, estudou no Instituto Geral de Agricultura onde se formou em agronomia.
Ainda jovem teve a oportunidade de conhecer Eça de Queirós, com quem travou amizade para a vida inteira. Essa relação ampliou-lhe o círculo de amigos, e a sua casa, no Bairro Alto, passou a ser o local de encontro de uma juventude intelectual e boémia, o núcleo do que viria a ser a “Geração de 70”.
Mas seria depois o encontro com Antero de Quental, por volta de 1868, que lhe veio permitir colmatar algumas fragilidades culturais e desenvolver os conhecimentos filosóficos.
Especializou-se no estudo da nova moléstia da vinha – a filoxera – e começou a colaborar em revistas e jornais, actividade que porém não o afastava das suas preocupações literárias e artísticas.
Foi em 1869 que Eça, Antero e Batalha Reis inventaram, num delírio criativo, “o poeta satânico” Carlos Fradique Mendes; e das poesias publicadas uma, “Velhinha”, era da autoria de Jaime Batalha Reis.
Com Antero de Quental, Eça de Queirós, José Fontana, Augusto Fuschini, Manuel de Arriaga, Oliveira Martins, Augusto Machado, Guerra Junqueiro, gizou o programa das “Conferências Democráticas do Casino Lisbonense” ou, mais simplesmente, as “Conferências do Casino”. Depois das intervenções de Antero, Augusto Soromenho, Eça de Queirós e Adolfo Coelho, a continuação das palestras foi proibida pelo governo. Esta interrupção não permitiu que Jaime Batalha Reis fizesse a sua prelecção que versava sobre o “Socialismo”.
Em fins de 1871, Jaime Batalha Reis foi convidado para chefe do Serviço Agrícola do Instituto Geral de Agricultura, cargo administrativo que ocupou e lhe permitiu obter rendimentos regulares.
Entretanto seria designado para substituir Andrade Corvo nas cadeiras de Botânica, Economia Rural e Florestal, e continuando a carreira docente ocupou, muito mais tarde, depois do respectivo concurso, em 1882, o lugar de lente de Microscopia e Nosologia Vegetal.
Em 1875 publicou-se a Revista Ocidental, onde Eça de Queirós publicou a 1ª versão de “O Crime do Padre Amaro”. Além de Eça, colaboraram Batalha Reis, Antero, Oliveira Martins, Adolfo Coelho, Sousa Martins, Maria Amália Vaz de Carvalho e outros intelectuais. Porém a falta de financiamento derrotou o projecto passados poucos meses.
Em 1882, quando já era professor catedrático de Microscopia e Nosologia Vegetal no Instituto Geral de Agricultura, foi provido na carreira consular, recebendo a nomeação para 1º cônsul em Newcastle, onde estivera Eça de Queirós que, entretanto, passara para a cidade de Bristol.
Jaime Batalha Reis, abandonando o percurso docente e a agronomia e partiu com a família para o novo posto, mantendo-se na carreira diplomática perto de trinta anos, até se aposentar em 1921.
>> 24 DE JANEIRO
>> 2007
Produtos do Sabugal divulgados na Madeira. Uma parceria entre a Associação das Casas do Povo da Madeira e a Pró-Raia – Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro-Norte, administrada por representantes dos concelhos do Sabugal e da Guarda, permitiu desenvolveu um projecto de divulgação recíproca de produtos regionais, levando ao Machico produtos da Guarda e do Sabugal.
Notícia. Aqui.
>> 2008
Carta aberta ao João Leitão, amigo e homem bom. João… Partiste como viveste, em silêncio, como pedindo desculpa de nos incomodares.
Opinião de Ramiro Matos. Aqui.
>> 2009
Autarcas raianos apoiam acordo luso-espanhol de saúde. O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Manuel Rito, foi um dos autarcas que elogiaram o acordo celebrado entre Portugal e Espanha para facilitar o acesso à saúde por parte das populações raianas.
Opinião de Ramiro Matos. Aqui.
>> 2010
Carolina Beatriz Ângelo – Médica e sufragista. Quando entrei pela primeira vez na Faculdade de Letras de Lisboa, nos anos 60, ia acompanhado de um amigo que frequentava Direito, ali mesmo em frente. Ao ver tantas raparigas, exclamou: «Estou no meu ambiente! Vou mudar de curso.»
Crónica de Adérito Tavares. Aqui.
>> 2011
AECT Duero/Douro – o projecto das cabras. No domingo, dia 30 de Janeiro, às 15:00 horas, realiza-se uma sessão de esclarecimento no Auditório Municipal do Sabugal acerca do chamado Projecto das Cabras – Self-Prevention da Associação transfronteiriça Duero/Douro.
Opinião de José Manuel Campos. Aqui.
>> 2012
Lógica do medo. Quem não tem medo de viver numa sociedade onde ditadores estrangeiros, numa ingerência inqualificável, determinem desde as suas cómodas e bem remuneradas poltronas, que o nosso País ponha acima de tudo e de todos os interesses da Propriedade Capitalista Oligárquica e despreze o Capital Humano? Quem não tem medo de viver num País, como o nosso, onde os seus governantes obedecem cegamente a esses ditadores estrangeiros, estando a contribuir assim para a morte lenta da nossa sociedade? O medo é o chicote dos amos…
Opinião de António Emídio. Aqui.
>> 2013
RaiHotel vai fechar portas no final de Janeiro. O RaiHotel, empreendimento turístico de referência no Sabugal, vai fechar portas no último dia do mês de Janeiro. O empresário Manuel Joaquim Rito ainda tentou encontrar uma solução através da venda ou trespasse mas não apareceram interessados para a unidade hoteleira que deixou de ser economicamente rentável.
Opinião de António Emídio. Aqui.
>> 2014
Odisseia de um povo. Estávamos em plena década de sessenta, exatamente, no ano de 1962. De todo o país a fuga para França era o destino de milhares e milhares de portugueses. A estes heróicos aventureiros nada os assustava e assim se aventuraram, a atravessar esta cortina de opressão, fugindo às escondidas, pela calada da noite, como se o desejar trabalho para angariar pão para os filhos, fosse um crime! Mas era-o, infelizmente.
Crónica de Joaquim Gouveia. Aqui.
>> 1935 – Morte de Jaime Batalha Reis, diplomata e escritor.
>> 1969 – Morte de António Sérgio, pensador e escritor.
>>1993 – No XI Congresso, o CDS acrescenta a designação Partido Popular.
>> 41 – O imperador romano Calígula, de 29 anos, excêntrico e cruel, é assassinado por guardas pretorianos, sucedendo-lhe o seu tio Cláudio.
>> 1921 – Em Paris, a Conferência dos Aliados estabelece que a Alemanha deve pagar como indemnização de guerra 226.000 milhões de marcos em 42 anualidades (até 1963).
>>1924 – A cidade de Petrogrado, antiga São Petersburgo, passa a designar-se Leninegrado em homenagem ao fundador da URSS.
>>1965 – Morre Winston Churchill, 95 anos, estadista britânico, por duas vezes primeiro-ministro, Nobel da Literatura.
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>> Dia 24 de 2016. Faltam 342 dias para o fim-de-ano.
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jcl e plb
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