Um outro poema de Alcínio, em que se interroga sobre a sociedade em que vivemos – uma sociedade oca, onde se desprezam os outros e onde não há tempo para pensar.

Que sociedade?
A da avidez pelo o dinheiro negócios e sucesso individual
Onde o dinheiro é mais ficção do que realidade
Pode adormecer se rico e acordar se pobre
Por falências financeiras e jogos bolsistas
Uma sociedade mediatizada e manipulada pelos detentores desses meios
Alienada por novelas ,clubites e partidarites irracionais
Moribunda indiferente para a sorte e destinos da humanidade
Do sucesso a qualquer preço
Do fanatismo religioso e da ideologia aberrante
Geradora de mitos e ídolos efémeros
Sociedade amoral seja ela religiosa, natural ou social
Do triunfalismo e da vã glória fútil momentânea
Dos que querem impor os seus valores a qualquer preço
Com desprezo pelos dos outros
Individualista egoísta
A ruidosa barulhenta agitada
Sem referências válidas
Destituída de verdadeiros ou sem valores
Despreocupada com a sua sorte e do mundo
Vivemos entre dois mundos o das grandes mega metrópoles
E o das grandes áreas da terra despovoadas moribundas
O dos muito ricos e muitos muito pobres
O homem de hoje procura no passado a inspiração para as grandes realizações
Parece esquecer as grandes conquistas na invenção, ciência e tecnologia
Das artes de grande escala onde os conteúdos se esbroam
Sociedade oca que não tem tempo para pensar.
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«Vivências a Cor», expressão de Alcínio Vicente
Gosto porque também partilho de uma sociedade mais igual. Os meus parabéns.
vitorino luis imfelismente hoje as pessoas nao se respeitao tanto pra levar vantagens passam por cima dos outros grande abraco amigo alcinio
Alo Vitorino como está o tempo aí no Brasil? Vem ver a ribeira com água a tapar os olhais.Um grande abraço