O Cartismo foi uma associação de trabalhadores londrinos que se transformou na vanguarda do movimento operário inglês.

Assim como em França, onde socialismo utópico foi substituído pelo Blanquismo, em Inglaterra as posições de Owen (Robert Owen) e o seu cooperativismo depressa deram lugar ao movimento Cartista, ou seja, à transição da luta pacífica, utópica e filantrópica, à luta militante e classista. Carlyle disse deles: «Estes cartistas são a nossa Revolução Francesa.»
O Cartismo teve origem na fundação, em 1836, da «Working Men`s Association», uma organização operária londrina que se converteu na plataforma de vanguarda do movimento operário inglês. Os líderes desta organização, juntamente com um grupo de deputados radicais publicaram em 1838 um manifesto intitulado People’s Charter (A Carta do Povo), pedindo a introdução do sufrágio universal e a protecção contra a exploração económica.
O objectivo principal do movimento Cartista era o de conquistar o poder político para favorecer as classes trabalhadoras. Sendo a maior parte dos seus líderes partidária da «força moral», e não da força física, os cartistas lutaram vigorosamente contra as classes privilegiadas, recorrendo à greve e às manifestações de massas. Este espírito de luta, principalmente da ala radical do Cartismo, converteu-o no primeiro movimento operário realmente baseado no conceito de classe e na autonomia das classes trabalhadoras.
:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
Leave a Reply