:: :: EFEMÉRIDES 2015 :: 4 DE OUTUBRO :: :: O Capeia Arraiana publica diariamente as efemérides mais relevantes de cada data… Hoje destacamos o nascimento do Barão de Ruivós, Francisco da Costa Refóios, em 1779.
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>> O BARÃO DE RUIVÓS
Há 236 anos, no dia 4 de Outubro de 1779, nasceu na Guarda Francisco da Costa Refóios, general liberal que foi o primeiro barão de Ruivós.
O título de Barão de Ruivós (na altura escrevia-se Ruivoz) foi-lhe outorgado pela rainha D. Maria II pelos serviços distintos ao reino e pelo facto de ser senhor do morgado de Ruivós, no concelho do Sabugal.
Natural da Guarda
O Barão de Ruivós era filho do morgado Pedro Saraiva da Costa Pereira de Refóios e de Maria Antónia de Almeida Amado e Meneses. Destinado à carreira eclesiástica, estudou Cânones na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, mas, decidindo que não tinha vocação para o sacerdócio, mudou para o curso de Matemática, na Faculdade de Matemática, no qual concluiu com distinção o bacharelato (1799-1802).
Carreira militar
Assentou praça na Armada, cursando a Academia de Fortificação e Desenho, concluindo o curso com brilho. Foi nomeado lente daquela instituição.
Em 1807 era capitão-tenente, tendo acompanhado a família real portuguesa na sua fuga para o Brasil. No ano seguinte transferiu-se para o Exército, regressando a Portugal em 1821 no posto de brigadeiro.
Partidário do liberalismo
Participou na Abrilada, tendo por isso sido encarcerado em 1824 na fortaleza de Peniche. Libertado no ano seguinte, foi nomeado governador militar de Santarém e depois do Porto (1826 a 1828).
Era governador militar do Porto, já general, quando D. Miguel I foi aclamado rei absoluto. Foi de imediato chamado a Lisboa, sob escolta, mas em chegando a Coimbra conseguiu evadir-se, juntando-se às forças liberais.
Com a derrota daquelas forças, foi obrigado a seguir para o exílio, tendo seguido para Inglaterra a bordo do Belfast. Em 1829 foi condenado à morte, à revelia, pelos tribunais militares criados por D. Miguel para julgar os liberais.
Na emigração manteve-se fora das questiúnculas políticas, tendo integrado as forças que foram para a Terceira às ordens da Regência de Angra. Na Terceira ingressou na Maçonaria, fazendo parte da Loja 11 de Agosto de 1829 (data da batalha da Praia).
Ao serviço do Reino
Depois de um período a exercer cargos na administração dos Açores, nomeadamente o de perfeito do arquipélago, regressou ao continente como prefeito da Província do Minho.
A 25 de Julho de 1835, na sequência da reforma administrativa do reino onde se criaram os distritos em Portugal, foi nomeado Governador Civil do Distrito de Santarém, sendo o primeiro que exerceu o cargo.
Foi eleito deputado às Cortes pelo círculo eleitoral do Minho na legislatura de 1834-1836, tendo tido uma actividade parlamentar pouco relevante. Em 1836 foi nomeado Par do Reino, integrando pelo menos uma comissão da Câmara dos Pares.
Em 1836 foi presidente do Clube dos Camilos, nome pelo qual era conhecida a Sociedade Patriótica Lisbonense, um grupo liberal radical.
O baronato
Em 1835 foi feito 1.º Barão de Ruivós e Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da Ordem Militar de Avis e Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Para além do morgadio de Ruivós, o general Saraiva herdara também o morgadio da Vela, próximo da Guarda, mas a importância da propriedade do Cima Côa levou a que a rainha lhe desse o título de Barão de Ruivós, com o qual ficaria conhecido.
De Rita de Cassia Ameno de Miranda, com quem casou, teve o filho Francisco da Costa Saraiva Refóios.
Faleceu em Lisboa a 21 de Abril de 1842, após uma longa doença que o tinha deixado paralisado.
(Fontes: Resenha das famílias titulares do reino de Portugal – 1838; Wikipédia)
>>1779 – Nascimento, na Guarda, de Francisco da Costa Refóios, general liberal que foi o primeiro barão de Ruivós.
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jcl e plb
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