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Página Principal  /  Do Côa ao Noémi • Pailobo  /  Aves das nossas terras – A rola
23 Setembro 2015

Aves das nossas terras – A rola

Por José Fernandes
José Fernandes
Do Côa ao Noémi, Pailobo aves, costilhos, josé fernandes, rola Deixar Comentário

A rola comum, em conjunto com as andorinhas, o cuco e a popa são quatro aves que, com a sua presença e o seu canto, acabam por convencer os mais incrédulos que a primavera chegou novo.

A rola comum
A rola comum

A rola comum é mais uma das aves que visitam a nossa zona ao longo do ano. Por norma visita o nosso país em Março/Abril no início da primavera e por cá se mantém até ao final do verão, altura em que de novo retorna a locais mais quentes, mais sul, para passar o inverno.
A plumagem é azul-acinzentada no corpo e cabeça, e branca no peito. De cada lado do pescoço possui riscas brancas e pretas (característica que a distingue da outra espécie de rola que pode ser observada no nosso país, rola-turca – Streptopelia decaocto). A pele à volta dos olhos e das patas é avermelhada. As diferenças entre sexos quase não existem em termos do respectivo aspecto.
Quando a primavera chega e durante o verão ainda é vulgar ouvir o canto da rola, principalmente nas horas de maior calor e por norma perto de zonas com árvores de porte grande (carvalhos, pinheiros, azinheiras, freixos, amieiros, etc)
Com a diminuição da população rural na nossa região acabamos por provocar alterações no habitat das rolas o que, associado à caça que sempre existiu, tem vindo a provocar uma diminuição da sua população que, não sendo ainda dramática começa a ser preocupante. Por isso, a rola foi considerada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Ave do ano 2012.
A reprodução faz-se na nossa zona, durante o período em que por cá permanece, preferindo desde sempre as zonas com uma maior floresta.
Esta espécie alimenta-se essencialmente de sementes, que apanha no chão.
É uma espécie monogâmica, isto é cada par possui apenas um companheiro. A reprodução começa logo que chega, iniciando-se pela construção do ninho.
O ninho das rolas é dos mais pobres que se conhecem. Na verdade são constituídos por pouco mais de um conjunto de ramos colocados uns sobre os outros principalmente pela fêmea.

Ninho de rola
Ninho de rola

Os ovos são brancos e a postura situa-se entre um e três ovos. A incubação dura 13-16 dias, e é realizada tanto pelo macho como pela fêmea. Ambos cuidam das crias, e estas saem do ninho cerca de 20 dias depois de nascerem.
Cerca de metade dos ovos postos eclodem com sucesso, sendo os restantes ou perdidos devido a infertilidade ou mesmo objecto de ataque de predadores como sejam por exemplo o gaio ou a pêga.

Ninho de rola com 2 aves pequenas
Ninho de rola com 2 aves pequenas

Enquanto se encontram no ninho, as rolas pequenas são totalmente indefesas não sendo raro serem os ninhos predados por outras aves.

O voo das rolas é muito veloz principalmente quando são adultas. Durante o período de reprodução, existem por vezes verdadeiras exibições mais frequentes por parte dos machos. Por norma voam a pique de baixo para cima batendo as asas muito rapidamente até atingirem uma altura considerável por norma maior que a copa de qualquer árvore.
Quando chegam ao topo, imediatamente param de bater as asas e iniciam então uma descida gravítica e planada com as asas abertas. Como facilmente se percebe esta descida é lenta pois a envergadura das asas comparativamente ao peso do corpo, faz com que a gravidade tenha uma atuação leve.
Neste momento a rola comum não está ainda ameaçada de extinção mas, fruto da degradação dos respectivos habitats em conjunto com o maior rendimento das armas de caça pode vir a provocar uma escassez desta espécie que poderá vir a aconselhar uma medida de protecção.
Há vários anos, os mais jovens das nossas terras, quando estas ainda eram praticamente todas cultivadas, costumavam caçar rolas com os “costilhos”. Por norma o costilho era armado em terra limpa e quase sempre gradeada. Fazia-se um sulco com o arrastar do pé até ao local onde o costilho era armado. Dispunha-se nesse sulco, devidamente espaçados vários grãos de milho. O costilho tinha o último grão de milho que quando tocado fazia disparar uma mola e apanhava a ave.
Recordemos o canto da rola, mais frequente durante a hora de mais calor no verão quente das nossas terras (aqui)

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«Do Côa ao Noémi»,
opinião de José Fernandes (Pailobo)

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José Fernandes
José Fernandes

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