Não sei muito bem como hei-de começar esta crónica. Vem-me à memória aquela frase – que visivelmente era uma treta – do primeiro-ministro de «que se lixem as eleições». Não é novo o tema que aqui trago, mas é descaradamente mentira a tal afirmação.
Primeiro, porque não acredito em que nenhum político, e muito menos um primeiro-ministro, se estivesse a borrifar para as eleições. É contra natura política.
Segundo, porque Passos Coelho anda nos corredores do poder há muitos anos. Lembrem-se que este senhor foi dirigente da JSD durante anos! Deputado e facilitador de negócios. Não esquecendo o seu braço direito Miguel relvas e o amigo Dias loureiro. Ambos especialistas em facilitadores de negócios.
Em terceiro, porque estamos já habituados à estratégia política, e esfarrapada, de chegar ao último ano de legislatura para se distribuírem bolos aos tolos.
Já há muito tempo que Passos Coelho entrou em campanha eleitoral. Ele e o governo. Reparem que, nestes últimos tempos, tem havido dinheiro para tudo. Ele é para a formação profissional, para as propinas, para os inquilinos na ajuda às rendas, para unidades de saúde… enfim, para tudo. O que até aqui era uma cartilha de austeridade pura e dura, agora tudo se alterou. E nem para isso é preciso recorrer aos famosos «cofres cheios»! Que estes são para a vanglorização da ministra das finanças.
Tudo aquilo que não foi feito durante os últimos três anos, é agora possível nestes derradeiros meses da legislatura. E como vale tudo, até o inenarrável ministro da Educação vem, despudoradamente, atrasar o início do próximo ano lectivo, numa jogada eleitoralista, mas que mais não é do que uma cartada politiqueira.
Durante o seu mandato – de má memória – em que a linguagem era a do rigor, a da excelência e outras tretas que foi vomitando, obrigando a que as escolas começassem o ano lectivo o mais cedo possível, vem agora protelar esse início do ano lectivo visando um único objectivo: as eleições legislativas. Como em todos os anos lectivos, no seu início, há sempre borrada – principalmente desde que Nuno Crato é ministro da educação – engendrou esta cartada para que, desta forma, o início do ano lectivo não crie muita mossa. Não sei é se esta extensão do tempo para até dia 21 de Setembro não é um sinal de que o Presidente da República já informou o governo da data das eleições legislativas?
De resto, há um governo e dois partidos que o sustentam, que vivem num país diferente das pessoas normais. Para eles a economia está uma maravilha, o desemprego não existe, o emprego é bem pago, ninguém saiu do país, a pobreza é um «mito urbano», a assistência social não é preciso, a saúde é para todos e de fácil acesso tal como na justiça… enfim!
Realmente, para quê eleições? Estes senhores deveriam continuar a governar, até por direito divino!
Não fosse tudo isto um rol de mentiras e enganos e sério, ouvi-los até daria para rir!
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«A Quinta Quina», opinião de Fernando Lopes
o aluno “modelo”, é em minha opinião o modelo d´m, sacana…….que trama os que vivem em maiores dificuldades…..este PSD., é em minha opinião, o pior partido, que alguma vez esteve em funções…………
Fernando :
A propósito de eleições vamos acrescentar este pequeno grande pormenor : Bruxelas, Merkel e, até a Lagarde já se pronunciaram, estão a fazer campanha eleitoral pelo Governo do P.S.D., daí vem o « aluno modelo » e as « contas em dia ».
António Emídio