A importância de mobilizar os sabugalenses espalhados pelo mundo para as questões do desenvolvimento do Concelho é, custe a quem custar uma ótima iniciativa.
Estive presente no encontro da diáspora sabugalense em Lisboa e, à distância, acompanhei o encontro que se realizou em Paris.
Conto estar presente no encontro que se prevê realizar em Agosto no Sabugal, onde espero que, como já o afirmei anteriormente, saia a constituição de uma rede de sabugalenses que queiram colocar as suas experiências e as suas qualificações ao serviço do desígnio colectivo de transformar o Concelho do Sabugal num território melhor e com futuro.
Leio em nota do «Capeia» que os vereadores do PS – Felismina Rito e Pedro Antunes – propuseram a substituição de algumas das várias iniciativas que vêm sendo realizadas no Concelho do Sabugal por um grande evento anual com impacto regional e nacional.
Não posso estar mais de acordo com essa proposta, que, aliás, vem no seguimento das propostas que o PS apresentou aquando da candidatura de António Dionísio, que iam no sentido de dotar o Concelho de um conjunto coerente e integrado de medidas de afirmação externa e de maior atractibilidade do Concelho, de que relembro algumas:
– Elaborar e executar do Plano de Marketing Territorial do Concelho do Sabugal, valorizando os recursos e a imagem externa do Concelho.
– Elaborar e concretizar o Plano de Desenvolvimento Turístico do Concelho do Sabugal.
– Criar o Gabinete de Imagem do Concelho do Sabugal.
– Criar um «Parque de Feiras Empresariais Transfronteiriço».
– Realizar o «Festival Arte no Castelo», de periodicidade bienal, tendo como cenário natural os Castelos do Concelho.
– Realizar o «Festival da Natureza», de periodicidade bienal, tirando partido da Serra da Malcata.
– Realizar, com periodicidade bienal o «Festival Internacional de Música Popular», que, penso, teria todo o sentido ser no anfiteatro natural da Sacaparte.
A este conjunto de propostas, junto mais uma que venho defendendo há vários anos, a realização todos os dias 31 de Outubro da «Noite das Bruxas», naturalmente no Terreiro das Bruxas.
Este conjunto de propostas não belisca em nada a necessidade de manter as festas e romarias que se realizam por todo o Concelho, essenciais para manter a identidade dos seus habitantes e naturais vivendo em qualquer parte do mundo.
Ainda este fim-de-semana tive oportunidade de conviver com as largas dezenas de alfaiatenses que se juntaram no domingo para celebrar a festa do Espírito Santo.
Festa singela, mas carregada de forte simbolismo, onde os mordomos são jovens dos dois sexos, muitas vezes não habitando na aldeia, mas agarrando a mordomia com o mesmo orgulho e alegria dos seus avós e pais.
De salientar que este ano o dinheiro arrecadado na capeia de 2014 foi, em parte, gasto a recuperar um dos altares da igreja matriz.
Infelizmente não estive na romaria à Senhora da Sacaparte, que se realizou segunda-feira, e que, sei, juntou, mais uma vez, algumas centenas de devotos daquela tão raiana Senhora da Póvoa.
ps1. Foi uma bela jornada a que juntou algumas dezenas de antigos alunos do Externato Secundário do Sabugal. Tive oportunidade de participar e espero que mais encontros se façam e, sobretudo, que se consiga mobilizar mais antigos alunos.
ps2. No regresso a Lisboa parei na Senhora da Póvoa, e tenho de dizer que fiquei desagradado com o que vi, e mais não digo por respeito a todos os que, em profunda devoção, ali se deslocaram para cumprir promessas, ou para festejar a sua Santa de devoção.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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Uma pequena correção: a foto mostra os mordomos da festa do Espírito Santo nada tendo a ver com a Sacaparte