O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, disse que o Cristianismo é a religião mais perseguida em termos globais, e frisou, como é lógico, o Próximo Oriente. Qual a razão de todo este ódio?
Penso que a razão principal tenha o sido o despejar de toneladas de bombas sobre uma nação soberana, o Irak, por parte dos Estados Unidos e seus aliados. A nível religioso, vejamos este caso protagonizado por George W. Bush, então presidente dos Estados Unidos: um pouco antes da invasão do Iraque em 2003 o então presidente francês Jacques Chirac recebeu um telefonema de George W. Bush pedindo-lhe para que a França se unisse à invasão, porque o mundo tinha entrado numa nova era, descrita no Génesis pela chegada de Gog e Magog, figuras que anunciavam a iminência de uma grande guerra na qual todos os inimigos de Deus seriam destruídos, por fim chegariam os «últimos dias». Chirac ficou desconcertado e foi consultar um teólogo da universidade de Lausanne para aclarar essa referência ao Génesis. Este pensamento e atitude de George W. Bush representam um autêntico fanatismo religioso.
Há 67 anos que o Médio Oriente vive em permanente guerra, primeiro devido à formação do Estado de Israel em 1948, depois, o petróleo! Essa guerra deu origem a fanatismos religiosos de toda a espécie e de todos os lados, presentemente um dos fanatismos originados por essa guerra, o jihadista, tem espalhado o terror pelo mundo e ultimamente tem perseguido cristãos, já não só no Médio oriente, mas também em África e na Ásia.
Querido(a) leitor(a), os países mais desenvolvidos a nível económico e tecnológico até há meia dúzia de anos foram os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha. Três países protestantes, se lermos o livro de Max Weber – A ética protestante e o espírito do capitalismo – compreenderemos muito do que se está a passar no mundo.
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E agora uma efeméride: em 28 de Abril de 1889, nasce no lugar do Vimieiro, freguesia do Concelho de Santa Comba Dão, uma criança do sexo masculino a quem foi posto o nome de António de Oliveira Salazar, o que significa que se fosse vivo faria hoje 126 anos!!! Este político português, foi quem foi, com a ajuda da religião, da Igreja Católica, que desempenhou o papel de baluarte ideológico do seu regime ditatorial, o Estado Novo, pelo menos até 1958.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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