A agricultura no concelho do Sabugal precisa de medidas de apoio que a salvem do desaparecimento total. Sem dinheiro para investir na modernização tecnológica, enfrentando dificuldades no escoamento da produção e sujeito a sucessivas medidas burocráticas que lhe tolhem a actividade, o agricultor vê-se impedido de prosseguir.

Um ano após o incêndio que no Verão de 2009 afectou a metade do concelho do Sabugal que corresponde à margem esquerda do rio Côa, o ministro da Agricultura de então, António Serrano, veio ao Sabugal, participar numa jornada de reflexão sobre o futuro da região. O governante frisou que decidira realizar a iniciativa no Sabugal, dada a importância que antevia para o concelho no futuro da agricultura.
As várias entidades, desde o governo ao município, passando pelas juntas de freguesia, associações e sociedade civil em geral, deveriam juntar esforços para encontrarem uma estratégia conjunta.
«Não ser cada um a fazer por sua iniciativa, de forma isolada e descoordenada», disse o ministro, que acrescentou ser preciso uma nova agricultura com gente nova para imprimir também outro nível de utilidade do território. E nisso foi secundado pelo presidente da Câmara do Sabugal, que se manifestou empenhado e muito esperançado no futuro da agricultura no concelho.
Passados seis anos, importa verificar o que foi feito. Ou seja, que medidas sérias se colocaram em prática para o apoio ao sector.
Pois nada digno de registo se realizou. Não foram dinamizados os mercados locais, não se encontraram novos canais de escoamento, não houve suficientes apoios para a mecanização, não se promoveu o associativismo nem se incentivaram os jovens para a actividade agrícola. Antes pelo contrário. O que os poderes públicos fizeram foi criar entraves à agricultura. Impuseram aos pequenos agricultores medidas de controlo burocrático para as quais não estão preparados. Exigiram-lhes o registo nas Finanças para os esbulharem em impostos e querem que tenham contabilidade organizada para mais facilmente lhes vistoriarem as contas.
O nosso agricultor que ainda vai cultivando a terra, evitando que toda ela fique ao abandono, necessita de acções concretas de ajuda, para que não desista e para que aposte na inovação.
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«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
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caro Paulo
A necessidade de prepara a minha crónica com alguma antecedência, levou a que parece haver uma contradição entre o que tu dizes e o que escrevo hoje.
Penso que não como demonstrarei na próxima semana.
Ramiro
Ola Paulo, O planeamento agricola no Concelho tem andado sempre a contra ciclo. Quando ainda propriedade era grande tratava-se com animais ( Lavrava-se com Vacas) a seguir quando se iniciava o ciclo das maquinas Agricolas ( tratores ) fazia-se a divisão da propriedade, e agora que se pretende implementar a tecnogia / mecanização para uma melhor rentabilidade, A PROPRIEDADE É PEQUENA DEMAIS.. Enquanto não houver uma reforma na fusão da propriedade não teremos qualquer possibilidade. Vai-se vivendo. Devia terminar-se com o ABANDONO das terras, o saudosismo maldoso so para prejudicar o vizinho não se devia permitir. COMO DIZ O POVO QUEM NÃO QUER SALTAR DEIXA SALTAR QUEM QUER.