A participação no encontro em Lisboa de sabugalenses é um dever de todos os que amam e querem o melhor para a terra onde nasceram.

Sabem todos os que me conhecem que, desde sempre defendi a elaboração de um Plano Estratégico de Desenvolvimento do Concelho do Sabugal.
Sabem também, todos os que me conhecem, como tenho defendido que, terra que tem tão ilustres filhos e tão amigos da sua terra, não os pode pôr de lado nesta luta por um Sabugal melhor e com futuro.
Repito o que já anteriormente disse: Andou bem a equipa que elaborou o Plano em ressaltar a importância da diáspora sabugalense e andou bem o Executivo Municipal em agendar a realização de um encontro de sabugalenses a viver e trabalhar fora do Concelho.
Estes encontros integram-se num dos projectos, Sabugal PRIMUS, identificados e que pretende criar uma rede de pessoas com ligações familiares, comerciais, culturais, científicas ou de afectividade ao Concelho do Sabugal, e que sejam uma referência nas comunidades onde se inserem, sendo assim reconhecido o seu mérito profissional, associativo, social, académico, cultural ou de divulgação e valorização do Concelho, dos seus produtos e amenidades.
Pretende-se, assim:
• Criar uma rede de influência e de fomento da visibilidade e atratividade do Concelho do Sabugal;
• Disponibilizar contactos a empreendedores locais em termos de conhecimento científico, económico e cultural;
• Promover o investimento industrial, agrícola, turístico e cultural;
• Divulgar as marcas Sabugal, Malcata, Côa e Sortelha; e,
• Valorizar o Concelho do Sabugal enquanto destino turístico ou de residência após a vida profissional activa.
Defendi e continuo a defender que os membros da diáspora sabugalense devem mobilizar-se e ser mobilizados para ajudar a transformar o Concelho do Sabugal num território competitivo e atrativo para nascer, crescer, viver, trabalhar, investir, envelhecer e visitar.
Com isto quero dizer que não concordo com as ideias muitas vezes expressas de que o futuro do Concelho passa, antes do mais, pelo turismo e pelo património material e imaterial.
Não gostaria de ver o meu Concelho transformado num «destino típico» do Portugal antigo, onde os lisboetas vão ver a paisagem e aqueles «velhinhos» que ainda vivem e têm costumes como antigamente!…
Não. Aquilo que se de deve pedir aos sabugalenses que integram a diáspora é que contribuam, ao seu nível, para:
• Criar um Concelho qualificado e de inovação
• Desenvolver de forma sustentada a economia local
• Desenvolver a atividade turística
• Reforçar a coesão social e territorial
• Promover a qualidade de vida dos sabugalenses residentes no Concelho.
Sinceramente espero que do encontro do próximo sábado seja possível definir desde já formas de constituirmos uma rede de sabugalenses que queiram colocar as suas experiências e as suas qualificações ao serviço do desígnio coletivo de transformar o Concelho do Sabugal num território melhor e com futuro.
Será nesse pressuposto que participarei no mesmo…
ps1. A proposta de destituição do Presidente da AM foi reprovada. Sinceramente só espero que todos saibam tirar as lições devidas deste episódio, a começar pelo Presidente…
ps2. Tenho como um dos meus autores preferidos, o escritor russo Dostoievski. Comecei a lê-lo, reconheço hoje, cedo de mais, na adolescência, mas continuo a considerá-lo um dos maiores da literatura mundial. A Editorial Presença reeditou já este século a sua obra (16 volumes), traduzida diretamente da língua russa pela dupla Nina e Pedro Guerra, sugerindo hoje a leitura de «O Jogador».
Escrevo esta crónica ouvindo «Carinhoso» um disco de José Peixoto (guitarrista e ex-músico dos Madredeus) e Fernando Júdice (Trovante, Resistência, Madredeus), de homenagem ao grande autor e cantor brasileiro, Pixinguinha, e a um tipo de música brasileira infelizmente um pouco abandonada, o choro. Imperdível.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
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