Palavras emotivas de Alcínio, escritas no momento em que a neve caía do céu em Aldeia do Bispo branqueando as árvores, as ruas, os telhados e os campos raianos.

É uma e meia da noite
Há uma magma branca de cinzas brancas que descem
Do negro dos céus
Um manto branco
Que tudo alcança
Com sua brancura doce e branda
Um sonho de silêncio suave mansidão
São flocos de caricias de mãos invisíveis
São ternuras do universo que suaviza
Este mundo louco de vás paixões
Pudera este vento suave brando
Apagasse o incêndio de universal desmandos
E branqueasse os ideais humanos de mansidão
Que cobrisse o mundo na pureza da brancura
Desta inócua e doce cobertura.
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«Vivências a Cor», expressão de Alcínio Vicente
Um artista é sempre um artista, as palavras fluem da mesma forma que as cores brincam na ponta do pincel deste ser humano cujo estro não está ao alcance de qualquer granufa.