O Sabugal deveria empenhar-se no desenvolvimento de um projecto de recolha e preservação de testemunhos documentais que nos ajudem, agora e no futuro, a conhecer melhor a história das nossas gentes e das nossas terras.
Numa notícia veiculada há algum tempo pelo Jornal de Notícias (edição de 15 de Setembro) dava-se conta da preocupação do director da Torre do Tombo com o estado dos arquivos em Portugal, nomeadamente dos departamentos governamentais, câmaras municipais, juntas de freguesia, empresas e outras entidades públicas. Há dinheiro para financiamento da sua ordenação e armazenamento oriundo dos fundos europeus e essa deveria ser uma prioridade para o país.
A questão é de facto de primordial importância, mas a verdade é que os tempos que correm fazem-nos voltar para outras premências e esta questão da preservação da nossa história fica em segundo plano.
No Sabugal também há memórias para conservar. Não só na Câmara, mas também nas juntas de freguesias, associações, empresas privadas e até particulares que têm na sua posse elementos importantes para a história local.
Independentemente da acção dos serviços centrais nesse tipo de matéria a Câmara Municipal deveria empenhar-se na elaboração e implementação de um projecto de preservação da nossa memória colectiva. Para o mesmo seria importante envolver a sociedade civil, juntando os interessados e elucidando os potenciais parceiros para a importância de criar um acervo documental (com suporte digital) para que a nossa história local fique preservada e disponível para consulta no futuro.
É uma tarefa importante que exige conhecimento técnico para a sua implementação, o que se conseguirá desenvolvendo um projecto abrangente e participativo.
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«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
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Caro Paulo: concordo com a tua opinião… Boas Festas