Manuel Leal Freire brinda-nos com uma sequência de sonetos alusivos às mil e uma invocações de Nossa Senhora. Em cada semana, ao domingo, a poesia do bismulense de pena firme e de memória prodigiosa deslumbra-nos com a exortação aos nossos inúmeros santuários marianos.

NOSSA SENHORA DA AJUDA
Nos contrafortes da raia ciscudana
Mas ocupando as beiras do Carril
Não sendo raia, mas de alma raiana
Habita um povo que nunca foi servil
De longa data e inspiração romana
Contando-se os anos já por mais de mil
A velha olaria, entre nós decana
Ali teve execução subtil
Mas a Malhada é um santuário
A sinagoga velho relicário
Recorda crença que muda e não se transmuda
No nosso tempo, de fraternidade
A todos cobre um manto de piedade
Quem o desdobra, a Senhora da Ajuda.
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«Poetando», poesia de Manuel Leal Freire
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