Termino hoje esta série de crónicas sobre o PEC, retirando algumas conclusões e evidenciando os aspetos mais positivos.

1. A afirmação da ruralidade do Concelho enquanto fator determinante da sua competitividade é para mim a pedra de toque fundamental deste Plano, e que, como já disse, a apostar decisivamente num Concelho moderno e competitivo, partindo da nossa realidade rural.
2. Em segundo lugar importa destacar a importância dada às questões do ambiente e do património natural, assumindo-se que os mesmos constituirão um dos motores do processo de desenvolvimento do Concelho.
3. Neste entendimento percebe-se o papel fundamental e central que é dado aos recursos água e serra da Malcata, numa lógica integrada, preservando, mas tirando partido destes dois recursos tão ricos e tão inexplorados do nosso Concelho.
4. Território rico em património cultural material e imaterial, o Plano aponta de forma inequívoca a importância das questões da requalificação urbana, as quais devem também ser entendidas numa lógica de construção de um Concelho social e territorialmente coeso.
5. Concelho onde se pretende criar dinâmicas de competitividade rural, ganha realce as propostas que são condensadas nos projetos «Ceifas+» e Agência Sabugal Invest.
6. A importância dada ao recurso Floresta, que integra quer o projeto «Ceifas+», quer o projeto Plano de Fomento dos Recursos Florestais.
7. A aposta, mesmo que arriscada, na capacitação e inovação, que é concretizada, nomeadamente, nos projetos Rede de Laboratórios de Inovação e Escola de Campeões.
Estes alguns dos aspetos mais positivos que encontro neste documento, cuja concretização vai exigir de todos os parceiros públicos e privados uma grande vontade e capacidade para concretizar as propostas nele contidas.
O que, permitam-me a reafirmação de uma posição política de todos conhecida, não acredito venha, infelizmente, a acontecer com os atuais atores políticos…
:: :: :: :: ::
ps1. A leitura de alguns posts no Facebook lembrou-me esta fábula de La Fontaine: «Uma tarde, andava um grande Touro passeando ao longo da água, e vendo-o a Rã tão grande, tocada de inveja, começou a comer, e a inchar-se com vento, e perguntava às outras rãs se era já tão grande como parecia? Responderam elas: Não!!! Pensa a Rã segunda vez, e põe mais força por inchar; e aborrecida por faltar muito para se igualar ao Touro inchou de novo, mas tão rijamente, que veio a rebentar com cobiça de ser grande.»
ps2. Aconselho a todos a leitura das atas das reuniões de Câmara que estão disponíveis no sítio do Município do Sabugal… Dá para perceber tudo…
ps3. Porque será que foi preciso cair o Espírito santo para este governo perceber que afinal o novo terminal de contentores não devia ir para a Trafaria? E para quando a correção do traçado da linha Sines-Espanha? Agora já não é preciso passar pelo Poceirão…
ps4. Para os da minha geração que tenham vivido os últimos anos da ditadura, aqui deixo uma sugestão de leitura, a do livro de José Pacheco Pereira, intitulado «As Armas de Papel», com edição do Círculo de Leitores.
Para ouvir, aconselho o último CD da Ana Moura «Desfado». Numa altura em que todos os dias aparecem umas garotinhas a dizerem-se novas Amálias, sabe bem ouvir alguém verdadeiramente fadista…
:: ::
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
:: ::
Leave a Reply