O primeiro grande espectáculo da nova temporada do Teatro Municipal da Guarda (TMG) é já no sábado, dia 13 de setembro, com «Burmester.Pasolini. Bach.», um cine-concerto que homenageia o cineasta Pier Paolo Pasolini e que terá como intérprete ao piano Pedro Burmester, com obras de Johann Sebastian Bach. O cine-concerto terá lugar no Grande Auditório do TMG, às 21h30.
Pedro Burmester nasceu no Porto. Foi durante dez anos aluno de Helena Costa, tendo terminado o Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto com 20 valores em 1981. Posteriormente, deslocou-se aos Estados Unidos onde trabalhou entre 1983 e 1987 com Sequeira Costa, Leon Fleisher e Dmitry Paperno. Paralelamente, frequentou diversas masterclasses com pianistas como Karl Engel, Vladimir Ashkenazi, T. Nocolaieva e E. Leonskaja.
Ainda muito novo, foi premiado em diversos concursos, destacando-se o prémio Moreira de Sá, o 2º prémio Vianna da Motta e o prémio especial do júri no Concurso Van Cliburn nos Estados Unidos.
Iniciou a sua atividade concertística aos 10 anos de idade e, desde então, já realizou mais de 1000 concertos a solo, com orquestra e em diversas formações de música de câmara, em Portugal e no estrangeiro. Participou em todos os festivais de música portugueses. No estrangeiro são de realçar apresentações em La Roque d’ Anthéron, na Salle Gaveau, no Festival de Flanders, na Frick Collection e 92nd Y em Nova Iorque, na Filarmonia de Colónia, na Gewandhaus de Leipzig, na casa Beethoven em Bona e no Concertgebouw em Amesterdão.
Gravou uma dezena de discos. A sua discografia inclui três álbuns a solo com obras de Bach, Schumann e Schubert, um em duo com Mário Laginha e três gravações com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 1998 foi editado um CD a solo com obras de Chopin. Em 1999 gravou as dez sonatas para violino e piano de Beethoven com o violinista Gerardo Ribeiro. Em 2007, juntamente com Bernardo Sassetti e Mário Laginha editou o CD e DVD “3 Pianos”, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém.
Em 2010 grava e edita a Sonata em Lá Maior, D959 de Franz Schubert e os Estudos Sinfónicos op. 13 de Robert Schumann.
Foi Diretor Artístico e de Educação na Casa da Música, projeto que ajudou a criar e a implementar.
Atualmente, para além da sua atividade artística, é professor na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) no Porto, na Escola Profissional de Música de Espinho e na Universidade de Aveiro.
Pier Paolo Pasolini foi um dos realizadores italianos mais importantes de todos os tempos. Escritor, jornalista, argumentista, marxista, cristão, herege… cineasta, é a figura central da 4ª edição do CINECOA – Festival Internacional de Cinema de Vila Nova de Foz Côa. Este cine-concerto é uma parceria TMG/ CINECOA.
The Partisan Seed traz novo disco
Na quinta-feira, dia11 de setembro, o projeto musical do português Filipe Miranda,The Partisan Seed, atua noCafé Concertodo TMG. «Angels On The Boardwalk» é título do quarto álbum de originais, editado no passado mês de maio. Serão as músicas deste novo disco que poderão ser ouvidas neste concerto, marcado para as 22h00 e com entrada livre.
Filipe Miranda foi vocalista e um dos mentores dos já extintos Kafka, banda consagrada no meio alternativo português. Foi em 2005 que iniciou o projeto The Partisan Seed e, entre Barcelos e o Porto, gravou os 14 temas do seu primeiro álbum a solo, intitulado «visions of solitary branches» (2006). Seguiram-lhe os discos «Indian Summer» (2008) e «SpiritWalking» (2012), todos foram largamente elogiados pela crítica nacional.
The Partisan Seed apresenta um estilo livre de composição e interpretação que vai das raízes indie folk até um certo experimentalismo ao nível instrumental, privilegiando as mensagens das letras, que vivem entre o amor e a melancolia.
Em palco, Filipe Miranda far-se-á acompanhar por João Coutada no baixo e teclado, Tiago Rosendo na guitarra, percussão e teclas, e Pedro Oliveira na bateria.
«Stilb Life [A ausência da presença]», de Daniel Curval
«Stilb Life [série c] A ausência da presença» é o título da exposição que o TMG terá patente no Café Concerto a partir de 12 de setembro e até 5 de outubro. Trata-se de um conjunto de trabalhos da autoria do fotógrafo Daniel Curval (1968), natural da Póvoa do Varzim. Expõe desde 1999.
A estranheza e a ambiguidade do título deste trabalho fotográfico é de imediato ultrapassada após a leitura desta série de fotografias. Realizadas sobre uma reflexão do mundo contemporâneo, registam um tempo cristalizado, as imagens de um real daquilo que ainda é, que ainda (still) existe mas que está quase a falecer num limbo existencial, imagens moribundas ou até mesmo mortas. Serenas no seu estado cristalizado a encenação está ausente e não são “still life – natureza morta” mas imagens que ainda têm ou tiveram uma relação umbilical com a vida, que exalam uma última centelha de luz para a câmara fotográfica e durante essa metamorfose a imagem morre materializando-se numa fotografia. Esta terceira série “Stilb Life” continua com o tema “A ausência da presença”. Tenta-se mostrar a presença humana invisível, não “materializável” na imagem fotográfica, mas presente de forma subliminar na nossa mente/pensamento.», escreve o autor, a propósito deste seu trabalho.
A exposição tem entrada livre e pode ser visitada no horário de funcionamento do Café Concerto do TMG.
plb (com TMG)
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