Considerar a competitividade económica como o eixo central de intervenção é um sinal para o caminho a seguir, segundo o PEC agora em discussão pública.

Ao mesmo tempo, este documento define outros eixos de atuação que respondem a duas questões essenciais para o nosso futuro: (i) Que papel a desempenhar pelos recursos naturais numa estratégia de aumento da competitividade económica concelhia? e (ii) Como conciliar desenvolvimento económico com desenvolvimento/inclusão social?
Estas questões centrais são metodologicamente organizadas segundo um conjunto restrito de cinco Programas de Atuação, a saber:
– Preserva e Regenera, promovendo os recursos naturais e a sustentabilidade ambiental, e apostando decisivamente na Água, na Floresta e na Energia;
– Estrutura e Qualifica, reforçando a qualidade das acessibilidades, numa lógica de integração e de interligação com outras comunidades vizinhas, mas também num contexto de comunicação e de complementaridade de funções e de valências de mobilidade mais vastas (nacionais e internacionais);
– Reforça e Dinamiza, que pretende atrair investimentos estruturantes, fomentar o empreendedorismo dos habitantes no Concelho e/ou dos novos residentes, dinamizando as ligações com a diáspora sabugalense e criar uma cultura de qualificação e valorização dos ativos e dos jovens;
– Capacita e Inclui, valorizando competências e talentos, e introduzindo novas dinâmicas sociais;
– Promove e Relaciona, introduzindo novas formas de administração da coisa pública.
A cada um dos programas identificados corresponde um conjunto de projetos concretos que analisarei em próxima crónica.
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ps1. O meu grande amigo José Carlos, casteleirense e sabugalense de gema, tece um comentário mais que pertinente, à minha última crónica, a que não fujo a responder.
Sei que, ao contrário do que parece resultar do teu comentário, és dos sabugalenses que continuam a acreditar que há um futuro para as nossas terras.
E sei que acreditas e confias que o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Junta de Freguesia liderada pelo nosso amigo comum Tozé, visa criar condições de níveis elevados de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida dos residentes no Casteleiro.
Sei que sabes dos esforços que o Tozé e a sua equipa estão a desenvolver para melhorar o acesso aos bens e serviços e para atrair e fixar população jovem e em idade adulta. Por isso, não me ri quando vi o texto um pouco tecnocrático da frase que citas.
Pelo contrário, acredito que o PEC vai ser uma alavanca que o Casteleiro não vai deixar de utilizar para a sua plena integração na construção de um futuro melhor para o Concelho do Sabugal, logo para todos os casteleirenses.
ps2. Mais um bom livro para ler nestes dias de férias. Chama-se «Cartas de Casanova, Lisboa 1757». É de um grande intelectual português, António Mega Ferreira, numa edição de 2013 da Porto Editora.
Igualmente um magnífico som para ouvir nestes dias quentes de verão, o do rei do Baião, música do nordeste brasileiro, Luiz Gonzaga, falecido em 1989.
O disco que possuo chama-se «O melhor de Luiz Gonzaga» e reconcilia-nos com o que de melhor há na música brasileira.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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