A morte de vários familiares num curto espaço de tempo, levou a que me aproximasse de um ritual da Igreja Católica, a Eucaristia. Vi então o papel de algumas mulheres nesse ritual.
A Igreja Católica está em crise. A renúncia de Bento XVI e a escolha de Francisco para o substituir é disso exemplo. E dentro desta crise, a falta de ordenações de jovens sacerdotes é preocupante, e também a renúncia de muitos.
Repare querido(a) leitor(a) que eu não digo falta de vocações, porque creio que vocações há, mas qualquer obstáculo impede as ordenações. Com razão ou sem ela, digo que o principal obstáculo é o celibato obrigatório.
Apontarei então duas razões para a sua existência, já há séculos.
O celibato obrigatório foi uma decisão política no intuito de proteger o património eclesiástico dos possíveis direitos hereditários dos clérigos. Então os sacerdotes da Igreja Ortodoxa e os pastores Protestantes que se casam já levaram as suas Igrejas à ruina económica? Que se saiba, não.
A hierarquia da Igreja Católica tem dado também como razão teológica para o celibato obrigatório, a entrega total do sacerdote a Cristo, não havendo mais nada com que ele, sacerdote, se preocupe, neste caso, uma família. Pergunto qual a preocupação maior? Ligado «pecadoramente» a uma mulher que ame, já que a Igreja o condena, e também a sociedade, por amar, ou ligado a uma família que lhe traz felicidade e força para se dedicar a Cristo e á sua palavra?
A Igreja Católica também associa sexo a reprodução, ou seja, o acto sexual devia servir só para a reprodução, fora disso é um pecado, chegou a aconselhar casamento sem sexo! O verdadeiro amor platónico… Há animais que fazem sexo por prazer, não só para se reproduzirem, certos símios, por exemplo. O sexo tem de ser visto como ele é, uma necessidade fisiológica.
Tudo isto obrigou a escândalos durante séculos e, infelizmente continuam, no Comité para os Direitos das Crianças da ONU, em Genebra, a Igreja Católica admitiu crimes de abuso sexual, pedofilia praticada por membros desta mesma Igreja.
E as mulheres? Porque não ordená-las sacerdotes? Estão capacitadas para isso. Não há tantas que dizem que foram santas? Se chegaram aos altares como santas, também podem lá chegar como sacerdotes.
Querido(a) leitor(a), se muitos erros teológicos há neste artigo, que me perdoem, não sou teólogo, sou um pensador livre.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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o casamento dos padres, devia ser uma opção. As mulheres desempenham papel importante na Igreja, Também defendo a sua ordenação, porque já trabalham em todas as atividades, e em muitas casos melhor que as realizadas pelos homens.