Quando o ocaso de Agosto se aproxima e a política ainda se recupera da sua lânguida torpeza veraneia, aqui e ali, vão surgindo algumas notícias que nos vão torpeando atenção, umas, outras escorregam-nos do olhar e parecem desaparecer.

Aquela que nos torpedeia é a decapitação do jornalista norte-americano às mãos de um membro do auto-denominado Estado Islâmico. O que nos leva a várias questões: que estado é este, que se permite e permite tais atentados ao mais sagrado dos direitos, o da vida? Que religião professam tais seres, que os autoriza, em nome de um deus, matar, desprezar, profanar, um seu semelhante que foi criado pelo mesmo deus? Não posso aceitar um tal estado, nem entender, ou respeitar, tal religião. Esta gente não pode ser muçulmana. Esta gente não pode ser fiel a um deus criador, quando as suas acções se resumem à destruição.
Em seguimento, importa estender e entender, este fenómeno do Estado Islâmico. Estende-lo ao fenómeno terrorismo. A nova fórmula de financiamento do terrorismo é o rapto de cidadãos ocidentais. E entender o porquê de ser um cidadão norte-americano a ser assassinado. É que, em surdina, os países europeus, ao contrário dos Estados Unidos, pagam o resgate pedido pelos terroristas para a libertação dos seus cidadãos (cerca de 100 milhões de euros entre 2008 e 2013). É este dinheiro dos resgates que financia as operações dos vários grupos de jihadistas.
Notícias que parecem desaparecer é a de que, todos os bancos, ou banqueiros, que estão envolvidos em fraudes e trafulhices várias, financiaram a campanha para a Presidente da República do sr. Silva. Desde João Rendeiro (do BPP), Horário Roque (do Banif) e Paulo Teixeira Pinto (do BCP), a família Espírito Santo (BES), apoiaram o atual Presidente da República, da mesma forma que Jardim Gonçalves (BCP) e José Oliveira e Costa (BPN). É um exercício interessante magicar o que viram estes visionários das finanças nesta personalidade. Porque será que Cavaco Silva esteja ligado a toda esta gente que, pelos vistos, não é recomendável? Serão as negociatas tipo as acções do BPN? Sim, tudo legal. Mas muito opaco e com cheiro a muito esturro.
Outra que escorrega do olhar é a notícia da colocação de professores. Aqueles que concorreram ao concurso extraordinário de vinculação. As tais e tão badaladas mil e não sei quantas vagas. A propaganda foi a de se tinha criado um milagre. A realidade é que não passou de um foguete, estalou e acabou. A realidade é que quem entrou nessas vagas tem trinta anos de serviço. Alguns estão par se reformar e a maioria anda há mais de quinze anos em contrato. a realidade é que o Estado não cumpre a lei, ponto. Mas o que fica na retina é o espalhafatoso e mentiroso discurso do sr. Crato.
Enfim, é o ocaso de Agosto.
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«A Quinta Quina», opinião de Fernando Lopes
Fernando :
Os banqueiros que financiaram a campanha eleitoral de Cavaco Silva á Presidência da República, fizeram-no pelo amor que têm á Democracia…