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Página Principal  /  Aldeia do Bispo • Capeia Arraiana • Pintura • Vivências a Cor  /  Díptico do encerro
12 Agosto 2014

Díptico do encerro

Por Alcínio Vicente
Alcínio Vicente
Aldeia do Bispo, Capeia Arraiana, Pintura, Vivências a Cor alcinio vicente, díptico, encerro, Pintura Deixar Comentário

Em plena época de capeias arraianas, espectáculo popular que em Agosto emprenha de gente as aldeias sabugalenses, apresentamos um díptico de Alcínio Vicente que retrata um encerro – momento de forte atracção popular em que os touros são conduzidos pelos cavaleiros para a aldeia onde o forcão os espera na praça.

Díptico do Encerro (164 x 228 cm) - pintura de Alcínio
Díptico do Encerro (164 x 228 cm) – pintura de Alcínio

A arte taurina tem os seus olhares, que dependem de quem a observa. E esses diferentes olhares resultam do movimento e da pose dos touros, dos cavalos e dos homens que se envolvem no turbilhão de cores e de formas.

Na capeia, enquanto manifestação popular, mais do que em qualquer outro tipo de espectáculo, tudo vale: o touro, o forcão, os pegadores, o público, as calampeiras, o pó que se levanta da arena improvisada, os movimentos frenéticos e os sons ululantes que se perdem no ar. O mesmo ocorre no encerro, manifestação que antecede a capeia, em que se encaminham os touros para o «curro».

Nos quadros taurinos de Alcínio temos a simbiose de tudo o que envolve uma capeia arraiana, expresso no jogo cromático e intenso das cores associado ao traço, ora firme e preciso ora inseguro e pouco definido. As pinceladas do artista transformam a tela numa imagem dinâmica de movimentos e de sons. É uma espécie de música que se ouve e se vê pelas subtilezas da percepção. O implacável silêncio da tela vê-se transformado numa sinfonia imaginária que nos desperta todos os sentidos. Mas essa musicalidade própria dos touros e cavalos de Alcínio varia conforme quem os observa.

O Díptico do Encerro – quadro pintado em duas telas que fazem conjunto – apresentado na imagem resultou de um trabalho emotivo em que o autor deu forma mais definida à expressão dos homens e dos animais que participam no encerro. Em vez de uma massa de movimentos criados com pinceladas incertas, em que o limite das formas está apenas na transposição das cores, o artista procurou dar uma visão mais precisa e realista aos cavaleiros, touros e cavalos que participam na função. Os homens têm faces mais formais do que o habitual, podendo notar-se-lhes a expressividade, o olhar atento e até o sorriso ou o ar sério das suas feições. Cavalos e touros vão em movimento, implícito e explícito, com ritmos cromáticos que acrescentam à anatomia corporal narinas e olhos definidos, notando-se o cansaço e o olhar sagaz.

O enquadramento, ou ambiente, é uma massa de cores vivas que cria a sensação do tempo quente e abafadiço em que o espectáculo se desenvolve.

Mas o elemento mais significativo e diferenciador é o olhar dos homens e dos animais, que, vista a tela no seu tamanho real, parece acompanhar o olhar do observador.
plb

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«Vivências a Cor», expressão de Alcínio Vicente

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Alcínio Vicente
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