A revista Unibanco, publicou na edição de Dezembro de 1997, a imagem de uma serigrafia de Alcínio, pintor de Aldeia do Bispo (Sabugal), intitulada «Lisboa/Rossio», de dimensões 53 x 38 cm, sobre papel Fabriano de 300g, no formato 70 x 50 cm. Foram editados 99 exemplares numerados e assinados pelo autor, com preço especial para os sócios do Centro Nacional Unibanco, que esgotaram. Reproduzimos o texto que acompanhava a imagem publicada, que cita as palavras do também pintor e critico de arte J. Leitão Baptista.

Segundo a perspectiva de José Leitão Baptista, a pintura de Alcínio desenvolve-se sobre uma temática nacional, dividindo a obra em duas vertentes complementares: o movimento da festa brava e um conjunto de edifícios e arruamentos urbanos.
Repare-se na intencional densidade dramática de cada obra. A cor negra e os tons escuros impõem-se em muitos casos com intenção marcante de ameaça ou tragédia, (veja-se o caso das representações Tauromáquicas).
O contraste evidencia-se também em cromatismo vibrante de combinação de elementos e manchas, compondo evidentes diferenciações. Ressalta, porém, a intenção de aguar em óleo ou acrílico a ligação de elementos que não se querem forçosamente delineados, como manchas de cor permeáveis e contrastantes em composições que nos permitem a fruição de ambientes criados, identificáveis com lugares percorridos, suficientemente reveladores da intenção de divulgação em moldes diferentes de abordagem.
Sucedem-se estas ocorrências em lugares urbanos centrais, privilégios de identificações outras, verificadas agora em circunstâncias com que o olhar do utente se confronta, o utente da cidade, da capital. É Lisboa abrindo-se em luz e enigmas de sombras, revisitada ou relembrada pelo olhar de Alcínio.
Palavras que definem o traço e a arte de Alcínio Vicente.
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«Vivências a Cor», expressão de Alcínio Vicente
Trata-se de uma opinião com a qual concordo inteiramente. O Pintor Alcínio Vicente transporta bem para as suas pinturas a sua personalidade forte e a paixão com que vive a pintura que realiza. Há anos que aprecio muito a sua pintura e a classe está de parabéns por ter um Pintor talentoso, aliás justamente distinguido na Revista Unibanco
É uma apreciação justa que partilho por inteiro.