Os Dead Combo trazem «A bunch of meninos», o seu mais recente trabalho musical, ao Teatro Municipal da Guarda (TMG) no dia 12 de julho (sábado). A enigmática dupla de músicos portugueses, constituída por Tó Tips (guitarra) e Pedro Gonçalves (contrabaixo, melódica e guitarra), apresenta-se às 21h30 no Grande Auditório.
Donos de um percurso único, os Dead Combo editaram no passado mês de março o quinto álbum de originais, que sucede ao aclamado “Lisboa Mulata”, de 2011. O disco intitula-se “A Bunch of Meninos” e tem vindo a conquistar o público, depois de ter conquistado a crítica.
Composto por 13 novas canções, assinadas integralmente por Tó Trips e Pedro Gonçalves, «A Bunch of Meninos» foi gravado em setembro de 2013, nos Atlantic Blue Studios. Produzido por Hélder Nelson e pelos Dead Combo, o disco conta com as participações especiais de Alexandre Frazão (bateria e percussão) e António Sérginho (percussão).
«A Bunch of Meninos» é a narração de uma aventura de perseguição e sobrevivência, misto de dura realidade e estranho sonho, passado numa qualquer cidade sinuosa e cinzenta, como consta do texto de Pedro Gonçalves que acompanha o disco: «Saíram pela porta das traseiras, no meio do espesso nevoeiro que se tinha colado à pele da cidade. A já ténue luz das ruas transformara-se em fantasmas que desapareciam. Eu fiquei sentada na poltrona cor de sangue, apontando o revólver àquela cambada de meninos. Eram seis, mal encarados, bem vestidos, mal cheirosos, lacaios como sempre. Enquanto eles os dois corriam pelas ruas em direcção ao infinito, eu mantinha-os à distância de uma bala. Depois entrou o de bigode, o mexicano do casaco de pele de coelho. Foi quando partiram os seis em busca deles. “Tus amigos… Esos que se hacen llamar músicos, están muertos!” – disse. Ri-me. Levantei-me e saí. Dias mais tarde, encontrámo-nos num hotel distante e celebrámos termos escapado vivos daquele buraco em que se tinha transformado a cidade. “A Bunch of Meninos”, gritávamos, enquanto esvaziávamos mais uma garrafa. Quando acordei, com o sol a rasgar o branco das cortinas, estava só, mais uma vez…».
As músicas do mundo de João Pires
As músicas do mundo de João Pires vão estar no Café Concerto a 10 de julho (quinta-feira). O músico e compositor português apresenta as canções do disco “Caminhar”que editou recentemente em Portugal e no Brasil. O espetáculo está marcado para as 22h00. A entrada é livre.
O disco, “Caminhar” – que o músico apresenta no TMG – começou a ser gravado em Portugal, com passagens por Cabo Verde e finalização no Brasil. O álbum mistura diferentes sonoridades oriundas desse universo lusófono e a excelência da guitarra de João Pires. No disco, o músico contou com as colaborações de músicos africanos, portugueses e brasileiros como Jon Luz (Cabo Verde), Marcos Suzano (Brasil) e Pedro Sá (produtor musical dos últimos discos de Caetano Veloso).
Presentemente o músico tem-se apresentado ao vivo com este seu novo disco conjugando a expressividade e emoção de sua guitarra e suas canções com a excelência dos músicos que o acompanham e com o trabalho primoroso com os ritmos lusófonos.
Neste espetáculo João Pires será acompanhado por Marco Pombinho nos teclados, Francesco Valente no baixo e Poliana Tuchia nas percussões.
«O Congresso» de Ari Folman
Na quarta-feira, dia 16 de julho, o TMG apresenta o filme “O Congresso”, de Ari Folman. A sessão tem lugar no Pequeno Auditório às 21h30. Trata-se de um filme para maiores de 16 anos.
Na história, Robin Wright interpreta-se a si própria. Recebe uma oferta de um estúdio importante para vender a sua identidade cinematográfica. Em troca, Robin receberá uma avultada quantia, e o estúdio promete-lhe que fará com que o seu clone digital nunca envelheça e fique jovem para sempre. Mas mais importante que isso, com esse dinheiro, Robin poderá ajudar o filho que sofre de uma doença rara. O contrato será válido por 20 anos. Este foi o filme de abertura do Festival de Cannes – Quinzena dos Realizadores.
Exposição «Vida Subterrânea» de António Jorge Gonçalves
Está patente na Galeria de Arte do TMG até domingo, dia 13 de julho, a exposição “Subway Life (Vida Subterrânea)”, de António Jorge Gonçalves.
“Subway life” é o projeto que levou António Jorge Gonçalves a desenhar pessoas sentadas em carruagens do Metro. Tudo começou em Londres – onde o artista residiu durante três anos – com um exercício que consistia em desenhar a pessoa que se sentasse à sua frente no Metro. Ao regressar a Lisboa, decidiu levar o jogo a outras 9 cidades: Lisboa, Berlim, Estocolmo, Nova Iorque, São Paulo, Tóquio, Atenas, Moscovo, e Cairo.
A exposição pode ser visitada de terça a quinta feira das 16h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00, sexta das 16h00 às 19h00 e das 21h00 às 24h00, sábado das 15h00 às 19h00 e das 19h00 às 24h00 e domingo das 15h00 às 19h00. A entrada é livre.
plb (com TMG)
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