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Página Principal  /  Abitureira • Cultura • D. Dinis e Rainha Santa Isabel • História • Odivelas • Por Terras de D. Dinis  /  Escola Profissional Agrícola D. Dinis da Paiã
22 Junho 2014

Escola Profissional Agrícola D. Dinis da Paiã

Por Maria Máxima Vaz
Maria Máxima Vaz
Abitureira, Cultura, D. Dinis e Rainha Santa Isabel, História, Odivelas, Por Terras de D. Dinis d. dinis, escola agrícola paiã, maria máxima vaz 5 Comentários

Os males da Grande Guerra de 1914-1918 deram origem à fundação de uma Escola Profissional Agrícola, em Terras de D. Dinis e à qual foi posto o nome do Rei Lavrador. Uma justa homenagem ao Rei que mandou arrotear terras, secar pântanos, plantar vinhas, montados, pinhais e não esqueceu os súbditos mais necessitados. Uma Escola para crianças que a Guerra de 1914-18 tornou órfãos. A Escola Agrícola D. Dinis tinha o objectivo de garantir a sobrevivência dos órfãos de guerra, preparando-os para uma profissão digna: Agricultores.

Escola Profissional Agrícola D. Dinis na Paiã em Odivelas - Foto gentilmente cedida por Escola Profissional Agrícola D. Dinis
Escola Profissional Agrícola D. Dinis na Paiã em Odivelas (Foto gentilmente cedida por Escola Profissional Agrícola D. Dinis)

«Na sua sessão de 22 de Março de 1917 a Junta Geral do Distrito de Lisboa aprovou as bases gerais para a criação de uma escola de agricultura, que se denominaria Escola Profissional de Agricultura do Distrito de Lisboa, a qual era especialmente destinada a receber alunos de ambos os sexos, filhos de cidadãos pobres, mortos ou inutilizados nos campos de batalha.

Seriam preferidos os órfãos de cidadãos pobres do Distrito, mortos combatendo o inimigo, e, dentre eles, em primeiro lugar, os de descendência imediata de operários rurais. Seriam também admitidos, se os recursos da Junta Distrital assim permitissem, os filhos de cidadãos mutilados na guerra e em último lugar de outros distritos, dando-se preferência aos daqueles que tivessem contribuído para a guerra com maior contingente militar.

Na falta de educandos nestas condições, seriam admitidos órfãos de operários rurais ou indivíduos invalidados por desastre em trabalhos agrícolas.

Mais tarde seriam também admitidos os expostos, abandonados ou desvalidados, nascidos no Distrito de Lisboa.

Em 1919 foram publicadas as bases regulamentares da Escola, aprovadas pela comissão administrativa da Junta Geral do Distrito de Lisboa, bases essas que serviram de regulamento provisório, até que fosse publicado o regulamento geral.

O primeiro regulamento só foi publicado em 1926, seguindo-se outro publicado em 1928.

Em Agosto de 1917, iniciaram-se os trabalhos de instalação da Escola começando por serem arrecadadas as propriedades onde ficaria instalada, mais tarde adquirias pela Junta.

A Escola ocupou assim, nos sítios da Paiã uma área aproximada de 220 hectares, mais tarde reduzidos a 180.

Realizaram-se as obras necessárias nos edifícios, a fim de se adaptarem às condições mínimas exigidas para um novo fim, pois tratava-se de velhas casas apalaçadas e suas dependências agrícolas.

As demoras consequentes permitiram que a Escola apenas se inaugurasse oficialmente em Outubro de 1919, tendo os primeiros alunos dado entrada a 20 de Maio desse ano.

O ensino ministrado era essencialmente prático, baseado na exploração agrícola regional. Também era ministrado aos alunos o ensino da música, constituindo-se uma banda que se notabilizou e muito contribuiu para que a Escola se tornasse conhecida.

Embora a Escola desempenhasse um papel de grande utilidade na vida nacional tornou-se contudo um pesado encargo para a Junta Geral o Distrito de Lisboa, o que a par de outras dificuldades, contribuiu bastante para a extinção da Escola na sua primeira base, o que se verificou em 1929.

Reformada, foi reaberta em 1930, passando a designar-se Escola Profissional da Paiã, correspondendo esta nova designação a modificações introduzidas na sua organização.

Nesta segunda fase, conservou a Escola a sua índole fundamental, alargando-se as suas funções de assistência, criando-se para isso duas secções, uma infantil outra profissional.

O ensino agrícola continuou, mais ou menos nos moldes anteriores, adaptando-se o ensino profissional a diversas artes e ofícios aos quais se dedicariam os alunos conforme as naturais aptidões, continuando-se a ministrar o ensino da música.

Esta Escola funcionou até 1939, ano em que foi criada a Escola Prática de Agricultura D. Dinis.» (1)

Esta Escola veio a sofrer mais algumas reorganizações ainda, do que resultou a designação que tem hoje: Escola Profissional Agrícola D. Dinis.

:: :: :: :: ::

(1) Sumário Histórico, s/d, autor desconhecido. Texto dactilografado, Biblioteca da Escola Profissional Agrícola da Paiã.
Recolha, selecção e comentários: Maria Máxima Vaz.

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«Por Terras de D. Dinis», crónica de Maria Máxima Vaz

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5 Comments

  1. Avatar António Responder
    Quinta-feira, 25 Janeiro, 2018 às 23:24

    Pois foi!… no meu caso entre 1962 e 1966.

    – Pessoal dirigente e docente: António Mesquita Canas da Silva; João Jardim Soares Henriques; Isidoro Cabrita; Lázaro Portela; José Maria Amaro Júnior; Amândio Paris da Silva; Ramos Gil e Gil Ramos; Nuno Gusmão; Cabral; Hélder; Castro; Nogueira; …
    – Pessoal técnico de internato e de campo: Neves de Oliveira; Gino Garrido; Gabriel; Rodrigues Alves; Artur David; Artur “Favas”; Manuel Canelas; Macedo; …
    – Pessoal administrativo: Paradanta Pires; Realista; Aníbal; Bateiras; Martinho; Pedro; António;…
    – Pessoal do refeitório e cozinha: Ti Zé; Morgan; Ramiro; Norberto; Ana; Alda;…
    – Pessoal de campo, transportes e ferramentas: Artur Duarte (pai de Artur David); António “Auto Porcos”; Bananeira; Bernardino; Justino “Calão”;
    – Pessoal de desporto: Bernardo “dos ovos”; ? “Uki-goshi” (judoca); ? “Cão Polícia” (treinador dos cães de guerra)…
    – Pessoal de saúde: médico Rosa; enfermeiro Ribeiro
    – Pessoal da rouparia: Rosa Tudella;

    Uma profunda saudade…

  2. Avatar M.Carlos Responder
    Sexta-feira, 12 Janeiro, 2018 às 19:42

    Boa tarde! procura se alunos amigos da escola e lunos nos anos de 57/58-58/59-59/60-60/61-61/62-62/63.Diretor Eng Antonio Mesquita da silva vice Eng João Jardim Soares Henriques Pro.Jose Maria Amaro Junior, Sr Anibal Bateiras Morga Calão Macedo Pro Gil.alguem deste tempo´ajude a fazer uma pagina

    • Avatar Fernão Verdial Responder
      Domingo, 27 Maio, 2018 às 5:47

      M. Carlos a ainda me lembras o colega chamado Fernão Verdial neto do Régulo Dom Aleixo Cortereal de Timor?

  3. Maria Máxima Vaz Maria Máxima Vaz Responder
    Segunda-feira, 23 Junho, 2014 às 11:28

    Sou da sua opinião e parece-me que a sua importância política resultava do seu poder social, reforçado depois pela 2.ª guerra.

  4. António Emídio António Emídio Responder
    Domingo, 22 Junho, 2014 às 19:49

    Minha Senhora:

    A I Guerra Mundial criou um novo tipo social – O Antigo Combatente – muito provavelmente a escolha em primeiro lugar dos filhos de ex-combatentes mortos e mutilados durante a Guerra, tenha sido uma espécie de compensação a esses mesmos ex-combatentes, já que se tornaram um grupo poderoso não só socialmente, mas também politicamente. Isto é o que eu penso da maneira como foi feita a escolha dos alunos. Uma simples suposição.

    António Emídio

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