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Página Principal  /  Desassossego  /  Trampolins
18 Junho 2014

Trampolins

Por César Cruz
César Cruz
Desassossego césar cruz, trampolins 2 Comentários

Quando falta a capacidade de saltar, usa-se um trampolim. Assim se chega mais longe. A astúcia está, não na capacidade de saltar, mas na argúcia de obter o melhor dos trampolins.

Trampolins - Cèsar Cruz - Capeia Arraiana
Trampolins

Existem palcos em que o trampolim se assume como o elemento mais preponderante da vida ativa. Personagens dantescas que vivem no obscurantismo de bastidores, em busca de protagonismos. Como diz o «outro», é a fama ou a vã glória de mandar. Jogadas premeditadas e pessoas usadas como piões num tabuleiro de reis. Por vezes assistimos a autênticos espetáculos de circo, onde faltando as ideias, surgem as oportunidades. Há sempre alguém à espreita. Há sempre malabarismos de oportunismos, onde inteligentes fazem os outros de imbecis.

A república é o cuidado primordial pela «coisa pública», por aquilo que a todos nos diz respeito. Faltam Homens e ideais, capazes de trazer ao de cima o verdadeiro interesse pelas pessoas e suas preocupações.

Continuamos a viver em pequenos circos montados em praças nas nossas cidades. Perfilham-se vontades pessoais em detrimento do verdadeiro interesse cívico, em que o outro é tratado como uma pessoa e não como uma oportunidade de subir na vida. É assim em tudo. Na profissão e na vida. Falta dignidade de caráter. Falta a hombridade de olhar as pessoas olhos nos olhos e de se assumir a responsabilidade dos sucessos e dos fracassos. Vivemos num tempo de deuses menores e não se vislumbram soluções. À inércia da apatia sobressai a gritante angústia do oportunismo dos que espreitam uma janela aberta.

O palco da vida está aí. É em tudo… na vida, no emprego, na religião, na política… Somos personagens. Mas seremos piões? E se os piões se juntarem? E se as jogadas deixarem de ser branqueadas? Precisamos de olhar mais para nós e por nós. Deixar que os outros nos usem para proveito próprio não é lícito nem apela à dignidade. Para tudo na vida pode haver um «basta» e um renascer. Os trampolins da vida estão aí. Argutos e iluminados vão usando e abusando de papéis que, sendo de serviço, não são seus. Existe um «basta» para a inaptidão, para a sobranceria e arrogância. É chegada a hora de um renascer.

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«Desassossego», opinião de César Cruz

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2 Comments

  1. António Emídio António Emídio Responder a António
    Quinta-feira, 19 Junho, 2014 às 12:29

    César:

    Os especialistas no uso do trampolim – não me vou referir aos eleitos, mas aos que os parasitam – têm de ter estas características :

    1º Sempre oportunistas em relação à sua « ideologia » política.

    2º Considerarem a moral como a debilidade do cérebro.

    A partir daqui têm lugar em qualquer lado.

    António Emídio

  2. Ramiro Matos Ramiro Matos Responder a Ramiro
    Quinta-feira, 19 Junho, 2014 às 7:11

    Caro César
    Mais uma vez um texto curto mas tão oportuno e tão certeiro…

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